Mais salários isentos de IRS e layoff a 100% em 2021
PS tenta aproximação ao PCP e afasta divórcio com o BE nas negociações do Orçamento.
O PS quer alargar o patamar até qual os rendimentos como salários ou pensões estão isentos de IRS, segundo uma alteração ao Orçamento do Estado para 2021 apresentada esta sexta-feira. "Em 2021, o mínimo de existência sobe 100 euros para acomodar o aumento do salário mínimo nacional", anunciou a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, indo ao encontro das exigências de PCP e BE.
Se esta proposta for aprovada, o atual limite até ao qual os rendimentos brutos estão livres do pagamento do imposto sobe de 9215,01€ ao ano ou 658,2€ por cada um dos 14 meses de remuneração para 9315,01 €/ano ou 665,4 €/14 meses. Quanto ao número de beneficiários, Ana Catarina Mendes não conseguiu apontar um número, mas garantiu que "dezenas de milhares de famílias serão abrangidas" por este alívio fiscal.
O PS propõe ainda "o layoff pago a 100% e o alargamento do novo apoio extraordinário aos sócios-gerentes e trabalhadores informais", o que permitirá aumentar o número de beneficiários "de 170 mil para mais de 250 mil", afirmou a deputada do PS. "Muitas destas propostas foram conversadas com o PCP e BE", sublinhou, garantindo que "não há divórcios" com os bloquistas.
Comunistas querem "ir ainda mais longe"
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, disse esta sexta-feira que a aproximação do Governo "ainda é pequena", avisando que "quer ir ainda mais longe". O PS admite a exclusividade para os profissionais do SNS após a pandemia, mas o PCP diz que "agora é o momento". Quanto ao layoff a 100%, o deputado congratula-se, mas quer "que noutros mecanismos, como no isolamento profilático, também não haja perda salarial".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt