Mariana Leitão defende reformas para flexibilizar o mercado de trabalho
"Não queremos mais rigidez. O nosso mercado de trabalho é profundamente rígido, as nossas leis não servem as novas formas de trabalho", afirmou Mariana Leitão.
A presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, reiterou esta quinta-feira a necessidade de uma maior flexibilização das leis laborais e manifestou-se disponível para apoiar propostas orçamentais do Governo que considere coerentes.
"Não queremos mais rigidez. O nosso mercado de trabalho é profundamente rígido, as nossas leis não servem as novas formas de trabalho", afirmou Mariana Leitão, em declarações aos jornalistas na Agroglobal, em Santarém.
A dirigente liberal criticou as leis laborais, considerando que não acompanham a evolução digital e a autonomia dos profissionais, e reiterou que a IL estará sempre ao lado de políticas que promovam a "liberalização do mercado de trabalho".
"Estamos no século XXI a ser geridos com leis que são do século passado", afirmou.
Sobre as negociações do próximo Orçamento do Estado, Mariana Leitão rejeitou apoiar qualquer entendimento com o Partido Socialista caso se mantenha uma "lógica da rigidez" laboral.
"Vamos lutar para que haja cada vez mais flexibilidade que garanta que o mercado de trabalho é livre, que as pessoas são livres e que as empresas têm mais liberdade", declarou.
A líder da IL defendeu que os aumentos salariais devem resultar da competitividade entre empresas e não de medidas decretadas pelo Governo.
"Enquanto continuarmos a achar que é por decreto que se aumentam salários, não vamos conseguir aumentá-los. Os salários aumentam por haver maior competitividade dentro do mercado de trabalho", disse.
Questionada sobre eventuais negociações entre o Governo e o Chega, Mariana Leitão afirmou que cabe ao Governo decidir com quem quer negociar, frisando que a IL estará disponível para apoiar propostas "coerentes, objetivas e que tragam melhoria de vida às pessoas".
"Propostas que aumentam custos sem qualquer benefício para as pessoas, obviamente que aí nunca estaremos de acordo, nem iremos subscrever", acrescentou.
A dirigente liberal sublinhou ainda a importância do setor agrícola, que considerou "fundamental" para o país e para a organização do território, apelando à valorização dos agricultores e à execução do plano da água apresentado pelo Governo, que inclui propostas da IL.
"O setor agrícola tem sido desvalorizado. É preciso garantir que tem água suficiente para produzir e que o plano apresentado pelo Governo seja cumprido. Este setor é vital para o país, para a produção de bens alimentares e para o desenvolvimento económico", afirmou.
Mariana Leitão defendeu ainda que a agricultura deve ser vista como uma ferramenta de coesão territorial, capaz de atrair população para o interior do país, e lamentou que o setor continue a ser "esquecido" e "ignorado" pelas políticas públicas.
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