Marques Mendes cancela ações de campanha agendadas para os próximo dias em virtude da morte de Pinto Balsemão

Francisco Pinto Balsemão era presidente da Comissão Política da candidatura presidencial de Marques Mendes.

22 de outubro de 2025 às 07:08
Luís Marques Mendes Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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O candidato presidencial de Luís Marques Mendes cancelou as ações de campanha programadas para os próximos dias, em virtude da morte do antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, que era presidente da Comissão Política da sua candidatura.

Esta decisão consta de uma nota divulgada pela candidatura de Luís Marques Mendes, após Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante do número um do PSD, antigo primeiro-ministro, ter falecido na terça-feira, aos 88 anos.

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"Todas as ações de campanha agendadas para os próximos dias serão canceladas por respeito à memória de Francisco Pinto Balsemão, Presidente da Comissão Política desta candidatura", refere-se.

Acrescenta-se ainda que Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD e membro do Conselho de Estado, fará uma declaração aos jornalistas na terça-feira, junto à Assembleia da República, pelas 16:00.

Numa primeira reação à morte do fundador do PPD, atual PSD, Marques Mendes considerou que Francisco Pinto Balsemão teve um percurso politico notável, destacando o seu papel na revisão constitucional de 1982.

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"É talvez o facto mais marcante e mais histórico de toda a sua vida em democracia. Porque a revisão da Constituição de 1982 foi histórica para Portugal: acabou com o Conselho da Revolução, introduziu a consolidação civil do nosso regime, adaptou o nosso regime à marca e à tradição europeia. Acho que ele ainda hoje não foi devidamente homenageado pelo papel notável que teve nesse ano e nessa revisão da Constituição", sustentou.

Ainda de acordo com o antigo ministro dos governos de Cavaco Silva, Francisco Pinto Balsemão constitui "um exemplo e uma referência absolutamente incontornável na liberdade de imprensa e na liberdade de informação em Portugal".

"Jornalista, fundador do Expresso ainda antes do 25 de Abril, sabendo nós o contributo decisivo que o Expresso teve para o combate ao regime. Depois, foi fundador da SIC e um grande lutador pela iniciativa privada no domínio da televisão", acrescentou.

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A notícia da morte do militante número um do PSD foi transmitida pelo presidente social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante uma reunião do conselho nacional do partido, em Lisboa.

Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.

Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.

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