Ministro da Agricultura diz que procura do "fundo perdido" não é o caminho certo
José Manuel Fernandes disse que o Governo tem feito a sua parte para criar riqueza, designadamente com a redução do IRC e do IRS.
O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, defendeu esta terça-feira que Portugal "tem muitos recursos financeiros para executar", mas sublinhou que a procura do "fundo perdido" não é o caminho certo para tornar o país mais competitivo.
Em Barcelos, distrito de Braga, na abertura do Congresso do Comércio, José Manuel Fernandes sublinhou que a prioridade deve ser a definição do caminho e da estratégia, procurando o que acrescenta valor e aumenta a produtividade, e só depois espreitar as possibilidades de financiamento.
"A pergunta nunca pode ser o que é que há aí a fundo perdido. A pergunta tem de ser o que é que acrescenta valor, o que me torna mais atrativo, o que é que leva a aumentar a produtividade, e depois ver as possibilidades que existem", referiu.
O governante reagia, assim, ao apelo do presidente da Associação Comercial e Industrial de Barcelos, João Albuquerque, para mais apoios ao setor do comércio, serviços e restauração.
José Manuel Fernandes disse que o Governo tem feito a sua parte para criar riqueza, designadamente com a redução do IRC e do IRS a simplificação do IVA.
"Nós somos daqueles que achamos que o lucro não é pecado, mas sim a forma de podermos ter um Estado social forte, sermos mais competitivos e promover a coesão territorial", acrescentou.
Alertou que, no próximo quadro financeiro plurianual, vai haver um "corte brutal" de fundos, "o que só obriga a utilizar melhor os recursos" que são disponibilizados.
Na sua intervenção, o ministro lembrou que 91% do território português é agricultura e floresta e que estes 91% "também têm de ter recursos".
"Temos de ter um país solidário, com equilíbrio e equidade. O rural não é inimigo do urbano, mas sim o maior e melhor amigo do urbano", rematou.
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