Paulo Raimundo: "Há quem salive e desespere pelo fim do PCP. Esperem sentados"
Sucessor de Jerónimo de Sousa é o quarto secretário-geral dos comunistas.
O novo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, discursou este domingo no encerramento da Conferência Nacional do PCP, depois de ter reunido a unanimidade do Comité Central no sábado à noite."Não nos faltam razões para lutar", garantiu no primeiro discurso como secretário-geral dos comunistas, sublinhando: "Há quem salive e desespere pelo fim do PCP. Esperem sentados".
Paulo Raimundo sustentou que o partido tem "uma enorme responsabilidade" e a conferência dos últimos dois dias demonstrou que está "à altura".
"Temos uma enorme responsabilidade, mas, como a nossa conferência nacional demonstrou estamos à altura dessa responsabilidade", disse o quarto secretário-geral do PCP em democracia, no início da intervenção.
E mesmo no início, um improviso: "Que grande é o nosso partido. Com esta força é muito mais fácil levar por diante as tarefas do partido, sejam elas quais forem."
Ao longo do discurso, Paulo Raimundo reafirmou os compromissos do partido com a defesa dos trabalhadores, da saúde, da educação, cultura e ambiente. O tema da guerra na Ucrânia não foi esquecido. Raimundo sustentou que o PCP tem "a autoridade de quem sempre se opôs à guerra" que eclodiu a 24 de fevereiro na Ucrânia.
E deixou um alerta: "Fogo não se apaga com gasolina, tomamos a iniciativa pela paz."
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, agradeceu este domingo a Jerónimo de Sousa o seu "empenho e contributo" e dirigiu-lhe um "até já", alertando os militantes que "há quem salive e desespere pelo fim do PCP".
"Porque não esquecemos o papel de cada um no coletivo partidário, em nome do Comité Central, em nome da Conferência Nacional e certamente que em nome de todo o Partido, gostaria de dirigir uma palavra ao camarada Jerónimo de Sousa", afirmou Paulo Raimundo.
No encerramento da quarta Conferência Nacional do partido, Paulo Raimundo agradeceu ao secretário-geral cessante, Jerónimo de Sousa, o seu "empenho, contributo" e "papel".
"A alteração das tuas responsabilidades não significa um adeus, é um até já camarada", disse, num momento em que os delegados e militantes presentes se levantaram para aplaudir Jerónimo de Sousa e entoar "Assim se vê a força do pêcê".
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