Pedro Nuno Santos elogia legado de António Costa e acusa direita de não cumprir promessas
Antigo ministro confirma candidatura à liderança do PS e ataca oposição.
O socialista Pedro Nuno Santos apresentou oficialmente a candidatura à liderança do Partido Socialista (PS), esta segunda-feira.
"Os portugueses conhecem-me. O PS conhece a minha vontade de fazer acontecer. Os erros que cometemos e as cicatrizes que carregamos fazem parte", declarou.
O anúncio da candidatura de Pedro Nuno Santos surge na sequência da polémica em torno do Governo, quando veio a público uma investigação sobre os projetos de lítio e hidrogénio verde, envolvendo nomes de membros do Executivo. Perante o "momento difícil para o PS", o candidato asseverou que o partido não vai passar os próximos quatro meses [até às eleições legislativas de março de 2024] a discutir um processo judicial".
O ex-ministro das Infraestruturas elogiou o legado de António Costa, primeiro-ministro demissionário, "um dos melhores políticos portugueses", cujo legado "é injusto esquecer", lembrando os "mais de 600 mil empregos criados desde que o PS assumiu o poder em 2015".
"O nosso líder desfez o bloqueio com os outros partidos da esquerda", referiu, em alusão ao acordo de incidência parlamentar alcançado com o PCP e o Bloco de Esquerda em 2015 e 2019.
Em sentido contrário, vincou que "a direita não cumpre as promessas e quer diminuir direitos", enquanto se prepara para "se unir com forças populistas, racistas e xenófobas".
"A direita não tem credibilidade. Cortou na saúde e na educação", argumentou Pedro Nuno Santos. As prioridades do candidato passam por "salários dignos, empresas fortes e rentáveis, diálogo e concertação". Como tal, o ex-ministro das Infraestruturas entende que "o PS é a plataforma que melhor defende os trabalhadores".
O socialista agradeceu o apoio de Francisco Assis e salientou que "a candidatura de José Luís Carneiro [o primeiro a chegar-se à frente] enriquece o debate e dá força ao partido".
Recorde-se que António Costa pediu a demissão, na terça-feira, após o Ministério Público revelar que
Recorde-se que António Costa pediu a demissão, na terça-feira, após o Ministério Público revelar que o chefe do Executivo é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024.
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