Marcelo recorda que poeta nasceu "numa família com um invulgar trajeto cultural e cívico" e "pertenceu à geração dos anos 50".
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa apresentou esta quinta-feira as condolências à família do advogado e ex-bastonário António Osório de Castro e recordou o poeta que "acreditou na harmonia das coisas e com as coisas".
O poeta e antigo bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro morreu esta quinta-feira aos 88 anos, revelou a Ordem em comunicado.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou através de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet que o advogado, que usava o nome literário António Osório, nasceu "numa família com um invulgar trajeto cultural e cívico" e "pertenceu à geração poética dos anos 50".
"Esteve ligado a revistas como "Anteu" (1954), mas estreou-se em livro apenas em 1972, anunciando uma inflexão de claridade e empatia que teria notórias consequências na poesia dessa década. O título desse livro inicial, "A Raiz Afectuosa", era aliás todo um programa", pode ler-se.
"Foi um poeta do amor e da família, da natureza, dos bichos, dos ofícios, minucioso, lírico, em diálogo constante com a poesia italiana, com a sabedoria oriental e com a pintura europeia. Escreveu ensaios, crónicas, memórias, poemas em prosa, aforismos, e dirigiu a revista de escritores juristas "Foro das Letras"", salientou ainda o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que António Osório de Castro "acreditou na harmonia das coisas e com as coisas, e na palavra como 'libertação da peste'".
António Osório de Castro nasceu a 01 de agosto de 1933 em Setúbal e licenciou-se em 1956 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Entre vários cargos desempenhados na Ordem dos Advogados, Osório de Castro foi eleito bastonário para o triénio 1984-1986.
"Foi, além disso, sob o nome de António Osório, um poeta de enorme qualidade, tendo recebido vários prémios como o Prémio Literário Município de Lisboa (1982), o Prédio P.E.N. Clube Português de Poesia (1991) e o Prémio Autores (2010)", salientou ainda a Ordem na nota.
António Osório de Castro foi também administrador da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura e presidente da Associação Portuguesa para o Direito do Ambiente.
Dirigiu a Revista de Direito do Ambiente e do Ordenamento do Território, que fundou, e era diretor de Foro das Letras, revista da Associação Portuguesa de Escritores-Juristas.
Como poeta tem livros publicados no Brasil, em Espanha, em França e em Itália e está também traduzido em revistas para francês, inglês e catalão.
Publicou obras como a Raiz Afectuosa (1972), o seu primeiro livro, A Ignorância da Morte (1978), O lugar do Amor (1981), Décima Aurora (1982), Adão, Eva e o Mais (1983), Planetário e Zoo dos Homens (1990), Casa das Sementes (2006) e A Luz Fraterna (2009).
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