Acordo só se o contrato com a TAP for renovado, diz patrão da Groundforce
Aceita aumento de capital se prestação de serviços for prolongada para além de 2022.
Salomé Pinto
18 de Março de 2021 às 08:38
O patrão da Groundforce, Alfredo Casimiro, só aceita o aumento de capital proposto pela TAP de 6,9 milhões de euros para salvar a empresa se o contrato de prestação de serviços com a companhia aérea for prolongado para além de dezembro de 2022, data em que expira o presente acordo, apurou o CM.
Numa carta enviada à TAP e a que o CM teve acesso, o acionista maioritário que detém 50,1% das ações afirma que o aumento de capital deve reunir “as condições necessárias à preservação e continuidade da empresa”.
Casimiro já disse pretender uma renovação por, pelo menos, cinco anos. Mas esta não é a única condição. O empresário rejeita nacionalizar a empresa e entregá-la a outros privados, garantindo que está disposto a acompanhar o aumento de capital da TAP que detém 49,9% da Groundforce. Para isso, Casimiro exige que os 10 euros por ação indicados pela TAP sejam revistos em alta à luz da avaliação realizada em 2018.
As negociações mantém-se num impasse. Fontes ligadas ao processo revelaram ao CM que estava prevista esta quarta-feira uma reunião entre Alfredo Casimiro e a companhia aérea, mas até ao fecho da edição não foi possível confirmar a realização do encontro.
pormenores
Costa quer nacionalizar
O primeiro-ministro disse quarta-feira no Parlamento que o reforço financeiro da Groundforce “tem como contrapartida o controlo da empresa” .
Audições no Parlamento
O presidente do conselho da administração da TAP, Miguel Frasquilho, Alfredo Casimiro, e os sindicatos são ouvidos esta quinta-feira.
Manifestação
Os trabalhadores regressam hoje aos protestos pelo pagamento integral dos salários de fevereiro. A partir das 11h30 realizam uma marcha do aeroporto até à sede da empresa.
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