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AD, Chega e IL querem mudar Justiça e Saúde na Constituição

No que toca aos cuidados de saúde, o PSD defendeu “o acesso universal e em tempo e qualidade adequados”, aproveitando a “complementaridade com os serviços privados e social”.

22 de maio de 2025 às 23:00

Os partidos de direita, que agora têm dois terços dos deputados e poder para mexer na lei fundamental, defendem as mesmas alterações em áreas como a saúde e a justiça. A AD, que não avançará para negociações neste âmbito que excluam o PS, quer alargar o acesso ao Tribunal Constitucional, admitindo o recurso direto para esta instância, uma mudança com que Chega e Iniciativa Liberal concordam.

No último processo de revisão do documento, travado com a demissão de António Costa e consequente dissolução da Assembleia da República, o PSD propôs que o texto permitisse “a consagração por via legislativa da queixa constitucional, ou recurso de amparo constitucional, contra decisões judiciais violadoras de direitos, liberdades e garantias”. No mesmo ano de 2022 e praticamente nos mesmo termos, André Ventura classificou a medida como “ferramenta de defesa dos cidadãos” e sublinhou que esta “não é, aliás, inovadora no quadro parlamentar português: muitos partidos já o propuseram”.

Também de acordo com a introdução deste mecanismo na Constituição, há três anos, os liberais sugeriram o reforço da intervenção dos juízes do Palácio Ratton para “impedir ou interromper uma violação continuada” dos direitos fundamentais. A concretizar-se, tal será “bastante mais eficiente do que a atual tutela do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos”. De resto, “o elevado volume de queixas enviadas à Provedoria de Justiça por violação destes direitos é disso sintoma”.

No que toca aos cuidados de saúde, o PSD defendeu “o acesso universal e em tempo e qualidade adequados”, aproveitando a “complementaridade com os serviços privados e social”. Na mesma linha, o Chega mostrou-se favorável à alteração por considerar que “a única forma” de proporcionar atendimento e tratamento atempados aos utentes “é referenciá-los para a primeira resposta disponível”, independentemente do setor. Na proposta da IL, que anunciou esta semana a abertura de um novo processo de revisão constitucional, consta a “adoção de um sistema de saúde que não se cinja ao Serviço Nacional de Saúde, mas que integre os demais serviços de saúde privados e sociais, essenciais à garantia efetiva de prestação de cuidados de saúde à população”. 

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