"Tinha preferido que Passos Coelho fosse candidato", disse o líder do Chega.
O presidente do Chega, André Ventura, anunciou a candidatura à Presidência da República.
"O Chega não pode olhar para o lado e não dar voz nestas eleições. Não desejei estas eleições presidenciais e ser candidato", começou por dizer, acrescentando que "o Chega não deve ignorar os seus militantes".
"Tinha preferido que Passos Coelho fosse candidato", disse o líder do Chega.
André Ventura já tinha falado sobre a possibilidade de se candidatar, mas disse que não seria o "ideal", aquando do Conselho Nacional do Chega, que decorreu no sábado, em Lisboa. O líder do partido também admitiu que chegou a equacionar colocar-se ao lado de Henrique Gouveia e Melo, mas acabou por recuar.
O líder do Chega, André Ventura, justificou a apresentação da sua candidatura a Presidente da República com a necessidade de o partido "ter voz" nas eleições presidenciais, que se realizam em janeiro de 2026.
"Serei candidato às eleições presidenciais de 2026. Serei candidato porque entendo que, nas circunstâncias em que nos condicionaram, não temos outra forma senão derrotar o sistema também nestas eleições presidenciais", anunciou, numa declaração à imprensa, na sede do partido em Lisboa, afirmando que "o Chega teria de ter voz" na próxima corrida a Belém.
"O Chega não pode, não tem o direito, nem deve olhar para o lado, ignorar os seus militantes, os seus apoiantes e não lhes dar voz nestas eleições. Como sempre disse, o Chega teria que ter voz nestas eleições presidenciais, fosse o seu líder o candidato ou qualquer outro nome numa candidatura", sustentou, considerando que um partido com a dimensão do Chega, "que foge das eleições, vira a cara, e não permite aos seus eleitores terem uma escolha no boletim de voto, é um partido fraco que não gosta de arriscar e que teme o risco político".
André Ventura considerou que "o líder da oposição não tem como vocação primeira ser candidato à Presidência da República", e indicou que "durante os últimos meses" tentou "garantir que o Chega tinha um candidato à altura das suas aspirações".
Ventura disse que abordou várias personalidades para avançarem "em nome do Chega para uma candidatura presidencial que tivesse reais hipóteses de vencer, que fosse reconhecida do povo português", com "prestígio no espaço público e com um nome incontornável para poder vencer".
"Não um candidato qualquer que deixasse pelo caminho o partido, mas alguém que nos levasse à segunda volta das eleições presidenciais de 2026, e mostrasse que aquilo em que acreditamos, desde a luta contra a imigração descontrolada, a luta contra a corrupção desmedida no aparelho de Estado, a luta do amiguismo, a luta da tomada de assalto do aparelho por tachos do sistema, tinha voz. Falhei nessa tarefa de encontrar essa alternativa", acrescentou.
O agora candidato defendeu que, "ao não ser possível, o líder de um partido deve agir com o que tem e não com o que gostariam que tivesse".
André Ventura considerou que a decisão de se voltar a candidatar a Presidente da República representa "um enorme risco político" para o partido e para si, mas salientou que não vira "a cara à luta" e "o país está primeiro".
O presidente do Chega alegou também que "o sistema sempre quis uma candidatura fraca do Chega nestas eleições", mas garantiu que nunca permitirá que o partido "tenha candidaturas para perder ou fracas, independentemente da eleição".
"O sistema queria candidatos fracos para podermos apoiar, para dizer que o almirante Gouveia e Melo foi buscar o nosso eleitorado, que Marques Mendes afinal não era assim um candidato tão mau, ou que até os votos que o Partido Socialista transferiu para o Chega voltaram para António José Seguro", advogou.
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