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André Ventura diz que extinguir o Chega seria "extinguir a própria democracia"

Líder do Chega argumenta que o País deve defender-se de quem quer ilegalizar aqueles com quem não concorda.

30 de outubro de 2025 às 18:28

O presidente do Chega considerou, esta quinta-feira, que extinguir o Chega "seria não só uma afronta à democracia, como seria extinguir a própria democracia", argumentando que o País deve defender-se de quem quer ilegalizar aqueles com quem não concorda.

No dia em que foi conhecida uma queixa do advogado António Garcia Pereira dirigida ao procurador-geral da República para que o Ministério Público acione mecanismos legais para extinguir o Chega, André Ventura, em declarações aos jornalistas no parlamento, lamentou que "grande parte do espaço político e noticioso seja feito em prol de uma tentativa de ilegalização de um partido político".

"Nós temos assistido consecutivamente a isto sempre que há novos períodos eleitorais. (...) É triste porque mostra como os nossos adversários não querem debater connosco, não nos querem vencer pelo argumento, não querem vencer pela discussão, querem vencer pela força, querem vencer pelo cancelamento, querem vencer pela ilegalização, querem vencer-nos pelo silenciamento", atirou.

André Ventura argumentou que o "Chega é o líder da oposição" e "extinguir o líder da oposição seria não só uma afronta à democracia como seria extinguir a própria democracia".

Para o líder do Chega, as queixas sobre os seus cartazes relativos ao Bangladesh e aos ciganos ou o pedido de extinção do partido "mostram bem como há muito anos" há um clima de "enviesamento político em Portugal".

"Estaremos para responder onde tivermos que responder, mas acima de tudo temos que dizer hoje que a democracia não pode estar em risco", disse, considerando haver "um conjunto de pessoas que acham que se vence em democracia calando os outros".

Ventura disse também entender que "as instituições em Portugal têm que se defender deste tipo de pedidos e deste tipo de gente que acha que se deve ilegalizar aqueles com quem não concordamos" e assegurou que o Chega não vai mudar os seus valores.

O líder do Chega foi também questionado sobre a notícia da CNN de que a deputada do PS Eva Cruzeiro irá apresentar queixa contra o deputado do Chega Filipe Melo por "ter sido mandada para a terra dela", afirmando que o parlamentar do seu partido foi provocado.

"Eu acho que devia começar pelo comportamento da Eva Cruzeiro. Porque quem diz o que quer, ouve o que não quer. Se eu disser que você é racista, corrupta, xenófoba e que rouba dinheiro aos portugueses, você vai-me responder", justificou, acrescentando que "reação gera reação" e que "estas reações não são positivas para a democracia".

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