Novas medidas de apoio às famílias foram decididas esta segunda-feira em Conselho de Ministros.
António Costa anuncia aumento intercalar das pensões em 3,57% a partir de julho
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta segunda-feira novas medidas de apoio às famílias, que foram decididas em Conselho de Ministros extraordinário.
António Costa lembrou que o País tem enfrentando "uma grave crise da inflação", que "começou com a pandemia e foi fortemente influenciada pela guerra na Ucrânia". O Governo tem vindo a "adotar um conjunto de medidas para apoiar as famílias e as empresas", conforme disse António Costa. Entre as medidas, o primeiro-ministro destacou "o complemento extraordinário de meia pensão pago aos pensionistas".
O primeiro-ministro realçou que as medidas adotadas pelo Governo permitiram melhorar a situação económica do País, conforme o ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciou esta segunda-feira.
Aumento intercalar das pensões em 3,57%
António Costa anunciou um aumento intercalar das pensões em 3,57% a partir de julho e afirmou que, esta quinta-feira, será feito o primeiro pagamento dos 90 euros de apoio pago às famílias. O líder do Governo lembrou ainda a entrada em vigor da lei do IVA zero para determinados produtos.
Os apoios às rendas e a bonificação de juro para quem tem taxas de esforço elevadas vão começar a ser pagos no próximo mês de maio, revelou o primeiro-ministro. Em causa está um apoio às famílias cuja taxa de esforço com a renda supere os 35% e também um apoio a quem tem empréstimo para compra ou construção de casa, para compensar o esforço com o pagamento dos empréstimos devido ao aumento das taxas de juro.
"Nunca daremos um passo maior do que a perna", afirmou Costa. O primeiro-ministro disse ainda que, com responsabilidade, é possível "continuar a enfrentar a grave crise da inflação": "Se continuarmos juntos a agir desta forma, conseguiremos controlar".
Diminuição do desemprego
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse que o País verificou "uma evolução nos números do emprego e contribuições para a Segurança Social. Batemos o recorde de população ativa em Portugal".
O País registou um aumento de 150 mil trabalhadores em 2023, face ao ano anterior. A ministra do Trabalho referiu ainda que o IEFP registou o número mais baixo de inscrições desde há 30 anos.
Ana Mendes Godinho realçou ainda o aumento "significativo dos salários médios". Em comparação com o ano de 2015, a receita da Segurança Social aumentou 68%, o que se traduz na entrada de mais nove mil milhões de euros.
Com o aumento do número de trabalhadores e dos salários declarados, o Governo prevê uma evolução do saldo positiva, o que permite o cumprimento que tinha sido assumido de garantir que os rendimentos dos pensionistas.
Redução da receita do IRS
António Costa afirmou que no que diz respeito aos impostos, a receita do IRS reduziu dois mil milhões de euros desde 2016. O primeiro-ministro realçou ainda que o Governo espera, em 2026, outra redução de dois mil milhões de euros.
"Adotámos uma medida prudente quanto à fórmula de pagamento este ano. Com o aumento intercalar que teremos em julho, vamos ter um aumento das pensões no segundo semestre", afirmou Costa.
Inflação registou comportamento mais favorável do que o previsto
António Costa relembrou que o Governo avançou em setembro que o País ia ter um valor de inflação bastante elevado. "Tínhamos de garantir duas coisas: que os pensionistas não perdessem nem um cêntimo do dinheiro que estava previsto e que a estabilidade da Segurança Social continuasse assegurada", referiu Costa, que realçou que o "comportamento foi mais favorável do que aquele que se previa", o que permite assegurar o aumento das pensões "sem qualquer alteração e prejuízo".
"Neste momento é importante manter a confiança. Para isso é necessário dizer a verdade nunca correr o risco de tropeçar ou recuar", garantiu António Costa.
"As medidas que adotámos têm surtido efeito. A inflação da eletricidade está muito abaixo dos 10%", realçou o primeiro-ministro. No entanto, Costa assumiu que a "inflação dos bens alimentares está acima da média" e garantiu que o Governo tem vindo a procurar "medidas para mitigar o impacto no custo de produção dos bens alimentares". "Já fizemos a nossa parte", disse o primeiro-ministro referindo a lista de alimentos com IVA zero e reforçou que o Governo está confiante que os parceiros façam o mesmo. "Cada vez que formos às compras, podemos já reparar no impacto desta medida", afirmou.
Aumento das pensões desde 2016
"Desde 2016, as pensões têm aumentado relativamente ao mês de anterior. Não houve qualquer corte", garantiu António Costa, que acusou ainda o PSD de ser "contraditório". "Ao mesmo tempo que diziam que cortávamos nas pensões, também destacavam que nós éramos irrealistas nas medidas que tomávamos. Tomámos decisões justas e prudentes", afimou.
"Quem governa deve ter a serenidade e a calma para enfrentar as críticas. Há uma diferença entre aqueles que falam e aqueles que agem", disse o primeiro-ministro.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.