Candidato presidencial PCP e ao PEV por lhe terem declarado apoio, António Filipe referiu, contudo, que a sua candidatura "extravasa fronteiras partidárias" e dirige-se a todos os cidadãos.
O candidato presidencial António Filipe fixou esta sexta-feira o objetivo de ganhar as eleições presidenciais, para garantir que luta pela "democracia e os valores progressistas" no Palácio de Belém, e assumiu-se como "inequivoca e orgulhosamente de esquerda".
"Vamos lutar com confiança, numa candidatura que é para lutar pelo resultado e o resultado é ganhar. Para a democracia, para os valores progressistas no órgão de soberania que é o Presidente da República deste país", afirmou António Filipe num discurso no ISCTE, em Lisboa, acompanhado por centenas de pessoas que encheram o auditório, entre as quais o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
António Filipe afirmou que, desde que anunciou a sua candidatura, em julho, passou a haver uma "candidatura que se identifica com os valores de Abril, com os valores da Constituição, capaz de agregar as forças progressistas para lutar pela vitória nas eleições presidenciais".
"Esta candidatura correspondeu, deu resposta a uma grande inquietação que muitas pessoas tinham perante a hegemonia da direita à frente dos órgãos de soberania, perante a ofensiva que está a ser desencadeada a partir do Governo e da Assembleia da República contra direitos fundamentais dos trabalhadores, dos jovens, dos imigrantes, da população em geral", afirmou.
Numa 'farpa' às candidaturas de Catarina Martins e de Jorge Pinto, apoiadas respetivamente por BE e Livre, António Filipe afirmou que a sua candidatura "não ficou à espera de nenhuma candidatura imaginária" e é "insubstituível".
Depois, agradecendo ao PCP e ao PEV por lhe terem declarado apoio, António Filipe referiu, contudo, que a sua candidatura "extravasa fronteiras partidárias" e dirige-se a todos os cidadãos.
"Perguntaram-me já alguns órgãos de comunicação social se não apelava ao apoio de outros partidos, quaisquer outros partidos. Eu disse não. Não me dirijo a partidos em concreto. Dirijo-me a todos os cidadãos, a todos os democratas, porque cada um é dono do seu voto e cada um decidirá o seu voto no próximo dia 18 de janeiro", referiu.
De seguida, António Filipe ironizou que, até ao momento, ainda "ninguém se atreveu" a perguntar-lhe se é de esquerda ou de direita, numa alusão a uma entrevista dada por António José Seguro ao Público, na qual o ex-secretário-geral do PS, questionado se era de esquerda, disse não querer ser "arrumado em gavetas".
"Se alguém se lembrar de me perguntar se sou de esquerda ou de direita, eu sou inequivocamente e orgulhosamente de esquerda", afirmou António Filipe, recebendo um aplauso da plateia.
Frisando que o programa da sua candidatura se trata de "cumprir e fazer cumprir a Constituição", António Filipe defendeu que, nestas eleições presidenciais, há temas como a crise na habitação, na saúde, o clima, a educação ou as discriminações que não podem ficar fora do debate.
"Vamos ter oportunidade daqui até ao dia 18, para a primeira volta, e das três semanas seguintes para a segunda volta, de trazer estas questões ao debate", referiu, afirmando que a sua campanha quer ser "mobilizadora" e juntar quem tem "vontade de mudança".
Antes de António Filipe, discursou Sofia Lisboa, anunciada esta quarta-feira como mandatária nacional da sua candidatura, que defendeu que o Presidente da República "tem uma voz e pode emprestá-la aos que mais precisam dela" e "pode fazer com que a sociedade pense e fale daquilo que importa".
"E imaginemos, por um momento, que país poderíamos construir e que passos de gigante poderíamos dar nesse caminho se o António Filipe fosse nosso Presidente e pudesse cumprir plenamente esse papel", afirmou.
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