Mariana Mortágua disse que o país assistiu, nos últimos dias, a "acontecimentos graves e sérios" em várias áreas do SNS e, em particular, na resposta dada pelo INEM.
O BE pediu esta segunda-feira uma audição parlamentar da ministra da Saúde para obter explicações sobre as falhas do INEM dos últimos dias e exigiu soluções ao primeiro-ministro, argumentando que "não pode continuar a esconder-se".
Numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, insistiu que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem de demitir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e anunciou que o partido apresentou um requerimento para ouvir a governante no parlamento para "explicar tudo o que se passou nos últimos dias".
Apesar desse pedido, a líder bloquista esclareceu que "não é da ministra da Saúde" que espera uma resposta, mas sim do primeiro-ministro, acrescentando que Luís Montenegro "não pode continuar a esconder-se" e que "se quer governar, tem de governar" e "apresentar soluções para os problemas da saúde".
"Tem de assumir responsabilidades sobre aquilo que se está a passar no SNS. Não basta fazer política contra os imigrantes e alterar a lei da nacionalidade como se todos os problemas do país se resumissem a um único tema", acrescentou.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, disse que o país assistiu, nos últimos dias, a "acontecimentos graves e sérios" em várias áreas do SNS e, em particular, na resposta dada pelo INEM.
A líder do Bloco referiu os caso de um doente com traumatismo craniano que foi transportado por um helicóptero da Força Aérea, num processo que terá demorado mais de cinco horas entre a Covilhã e Coimbra, e ao de uma mulher grávida de 31 semanas, em situação de risco, que perdeu o bebé na quinta-feira depois de ter sido encaminhada para um hospital a mais de uma hora da sua zona de residência, segundo noticiou a RTP.
"Enquanto o Parlamento discutia esta proposta de alteração [à lei da nacionalidade] do Governo, uma mulher perdeu um filho a caminho de uma urgência e fê-lo porque estava enredada num sistema que o Governo montou, porque não tem uma solução para o problema das urgências e do SNS em Portugal", afirmou a líder bloquista.
A coordenadora do BE criticou também a substituição dos helicópteros do INEM pelos da Força Aérea, sublinhando a impossibilidade - noticiada nos últimos dias - em fazer aterrar essas aeronaves nos heliportos de alguns hospitais, acusando o Governo de não ter acautelado essa limitação na adjudicação do serviço.
Mortágua acrescentou ainda que, a somar a estas duas questões, as "escalas [hospitalares] para o verão não estão prontas" e, por isso, "este verão pode vir a ser muito pior do que foram estes meses".
Questionada sobre a proposta apresentada pelo PSD para eliminar da lei - que partiu de projetos dos bloquistas e do PAN - o conceito de violência obstétrica, Mariana Mortágua considerou a intenção "inaceitável" e uma retrocesso nos direitos conquistados, que revela que o Governo "não quer saber do país" e só se preocupa em contribuir para uma "guerra cultural".
Mariana Mortágua deu ainda nota de que o partido entregou no parlamento uma pergunta dirigida ao Governo sobre se está a ser cumprida a possibilidade prevista na lei de as mulheres diagnosticadas com endometriose faltarem ao trabalho com justificação.
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