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Bom uso da bazuca depende dos autarcas, defende Costa

Primeiro-ministro garante que prioridades dos fundos comunitários serão definidas a nível local.

05 de setembro de 2021 às 08:53

O líder do Partido Socialista insistiu este sábado no papel dos autarcas na aplicação das verbas que Portugal vai receber nos próximos anos, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Para António Costa, que passou o dia deste sábado no Norte do País em pré-campanha das eleições autárquicas de 26 de setembro, têm de sair autarcas "com ambição para que os próximos fundos comunitários sejam plenamente aproveitados para o desenvolvimento regional". "O próximo mandato autárquico vai ser muito importante", reiterou o secretário-geral do PS, salientando que as prioridades dos fundos serão definidas a nível local.

"A famosa bazuca não vai ser executada também lá em Lisboa, vai ser executada pelas empresas, pelas universidades, pelos politécnicos, pelas entidades do setor social, mas também vai ser muito executada pelas autarquias locais. Por isso, o País precisa de autarquias que estejam na mesma empenhadas em investir na habitação, nos transportes públicos, na articulação com o setor social para desenvolver equipamentos como, por exemplo, a Rede de Cuidados Continuados Integrados", alertou António Costa.

Mas os avisos não ficaram por aqui. O também primeiro-ministro quis deixar claro que não quer um País "a duas velocidades" e que, por isso, as regiões do interior devem aplicar a bazuca na atração de empresas. "O PRR só permite, nas regiões do Interior, que haja investimento nas áreas de localização empresarial e que haja esse investimento para ajudar a atrair as empresas", afirmou o líder socialista, que deu ainda como exemplo a instalação de redes 5G.

"Obviamente o mercado vai querer começar a instalar as redes em zonas de alta densidade onde os clientes pagam o investimento, mas temos de ter os fundos comunitários necessários para dotar o Interior com as mesmas condições", disse.

PORMENORES

Políticas nacionais

António Costa considerou este sábado que "são fundamentais muitas das políticas nacionais. Não haverá autonomia dos jovens se não houver uma habitação acessível ou se continuar a dominar a precariedade nas políticas de trabalho", disse o chefe do Governo.

Promessa

O primeiro-ministro prometeu, ainda, que "o IRS Jovem vai ser alargado para cinco anos, não tributando em 30% no rendimento do primeiro e segundo ano, em 20% no terceiro e quarto e em 10% no último ano, para dar apoio às novas gerações".

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