Partido reage ao discurso de Ano Novo do Presidente da República.
O CDS-PP considerou esta segunda-feira que, em 2017,"naquilo que dependeu do Governo", Portugal "não esteve bem" e que o "desempenho razoável" da economia se deveu à melhoria da conjuntura internacional e à ação do anterior executivo PSD/ CDS-PP.
"Naquilo que dependeu do Governo o país não esteve bem. No que não dependeu em grande parte do Governo, os resultados foram sendo melhores", afirmou o vice-presidente do CDS-PP, Nuno Melo, em Braga, numa reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República.
Na tradicional mensagem de Ano Novo, este ano transmitida em direto a partir da sua casa, em Cascais, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que 2018 terá de ser o "ano da reinvenção" da confiança, advertindo que os portugueses precisam de ter a certeza de que, "nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham".
Numa curta intervenção, quase sem se referir às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, o responsável do CDS-PP enumerou aquilo que o partido considerou ter corrido mal durante o ano de 2017, com destaque para o roubo de armamento em Tancos, para o "caso Raríssimas", para os incêndios e para a nova lei de financiamento dos partidos políticos.
"Em 2017, o Estado falhou no combate aos incêndios e no apoio às vítimas, respondeu tarde e respondeu mal. Em 2017, desapareceram armas dos quartéis e percebeu-se que na Defesa há um ministro que basicamente não faz qualquer diferença. Em 2017, o terceiro setor revelou, na Raríssimas, o desperdício absurdo onde faltam meios para quase tudo, apesar de denúncias que a tutela não validou por ausência de um ministro que nega responsabilidades que todo país já percebeu", enumerou.
"Em 2017 legislou-se também com a oposição do CDS, aprovando-se privilégios de regime de IVA para os partidos e abrindo-se a porta ao financiamento sem transparência e com menor controle das identidades públicas", lembrou.
Por aqueles motivos, sublinhou, "2017 não foi um ano particularmente saboroso para Portugal", embora tenham existido momentos menos negativos, mas que não aconteceram por ação do Governo de António Costa.
"Felizmente para Portugal, 2017 confirmou também uma melhoria da conjuntura económica internacional a par do saneamento das contas públicas e das reformas estruturais realizadas até 2015 e da explosão do Turismo, ajudaram a um desempenho razoável dos principais marcadores macroeconómicos", disse.
Nuno Melo apontou ainda que 2018 começa com aumento de impostos no setor dos combustíveis e aumentos em bens essenciais, o que, segundo o CDS-PP, contrasta com os anúncios que o Governo vai fazendo.
"Quando formos capazes todos de separar aquilo que é o tratamento mediático do Governo da sua ação política da realidade que nos vai penalizando, então é uma diferença que certamente saberemos validar num momento oportuno e, esse momento oportuno, será em 2019", referiu.
Sobre as palavras que Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu esta noite ao país, Nuno Melo disse apenas concordar com o Presidente da República quando este dividiu 2017 em dois: "Nesse ponto de vista, eu tenderia a concordar com o Presidente da República, até grande parte do ano tivemos algumas boas noticias, infelizmente naquilo que dependeu da intervenção do Governo as notícias foram o que se viu".
Ao Governo de António Costa, Nuno Melo deixou ainda um aviso: "O que poderão ter a certeza é que em 2018 o CDS continuará a ser uma oposição muito firme e ao mesmo tempo construtiva", disse.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.