Francisco Rodrigues dos Santos disse ser "muito triste" que o equilíbrio governativo do país dependa do voto do BE e PCP.
O CDS-PP disse esta sexta-feira não querer um orçamento "mais cozinhado à esquerda" e "ainda pior" do que a proposta do executivo, considerando que António Costa não se pode queixar porque sempre sustentou a governação no BE e PCP.
"Este primeiro-ministro [António Costa] sempre sustentou a sua atividade governativa no apoio da extrema-esquerda e não se pode agora queixar de não conseguir formar os equilíbrios, os consensos necessários a aprovar os seus orçamentos", respondeu Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, no final da audiência com o Presidente da República a propósito do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
O presidente do CDS-PP manifestou preocupação com o OE2022, cujo voto contra do partido já tinha sido anunciado.
"Eu não quero um país com um mau Orçamento do Estado nem quero um país que tenha um Orçamento do Estado mais cozinhado à esquerda, que saia ainda pior e com menor qualidade do que esta versão preliminar", criticou.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, "é muito triste um país como Portugal estar dependente o seu equilíbrio governativo do voto do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista [Português]", que apelidou de "duas forças extremistas que têm um papel desmesurado na influência que têm na governação de Portugal".
"É triste e para futuro devemos procurar evitar estas soluções instáveis que não dão compromisso de futuro para o nosso país nem respondem às dificuldades de Portugal", enfatizou.
Questionado sobre se a direita está preparada para um cenário de eleições antecipadas provocadas por um eventual chumbo do OE2022, o líder do CDS-PP defendeu que "essa não é questão que deve ser colocada".
"A questão é prévia é saber se este Governo é capaz de apresentar um Orçamento do Estado que sirva ao país", disse, reiterando as críticas à proposta orçamental do Governo por, entre outras falhas, ser uma verdadeira "bazuca de impostos".
Para Francisco Rodrigues dos Santos, "cabe ao PS" alcançar um entendimento "com os partidos à sua esquerda", uma vez que "foram essas as garantias que deu ao Presidente da República para poder formar Governo".
"Se isto é mais uma teatralidade ou não para fazer jogos de cedências e de poder para que a parada da extrema-esquerda suba e consiga verter no Orçamento do Estado o seu caderno reivindicativo é uma resposta que só o primeiro-ministro pode oferecer ao país", remeteu, reiterando que "este clima de instabilidade governativa só pode ser apontado" a António Costa.
Francisco Rodrigues dos Santos condenou ainda o facto de este orçamento seguir "uma receita antiga deste Governo socialista apoiado pela extrema-esquerda", ou seja, "aumentar impostos, empobrecer as famílias tornando-as mais dependentes dos subsídios do Estado, desincentivar e perseguir a iniciativa privada, impedir a criação de riqueza".
"O que o CDS hoje veio dizer ao senhor Presidente da República é que este caminho socialista não é uma inevitabilidade. Há outro caminho, que é aquele que propõe o CDS", afirmou.
O caminho alternativo proposto pelos centristas é "baixar impostos, libertar as famílias e as empresas da carga fiscal do estado e dar estímulos positivos à criação de riqueza".
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