"O país não pode esperar, as eleições legislativas devem ser marcadas o quanto antes", disse Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder do CDS defendeu este sábado que as eleições legislativas devem ter lugar "logo que possível", apontando 09 ou 16 de janeiro, e garantiu que o partido não será um "empecilho à normalidade democrática de Portugal".
Falando aos jornalistas no final da audiência com o Presidente da República, que recebe este sábado em Belém os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução da Assembleia da República e a data de eleições antecipadas, Francisco Rodrigues dos Santos reproduziu as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa para afirmar que que as eleições devem ter lugar "logo, logo que possível", "apontando ou para o dia 09 de janeiro ou 16 de janeiro".
"Entendemos que o país não pode esperar, as eleições legislativas devem ser marcadas o quanto antes, e que a vida interna dos partidos não deve condicionar todo o interesse nacional e a necessidade de termos um Governo estável capaz de iniciar a recuperação social e económica do nosso país", afirmou.
Um dia depois de o Conselho Nacional do CDS ter concordado em adiar o congresso do partido -- que teria lugar entre 27 e 28 de novembro, e em que Nuno Melo iria disputar a liderança com Francisco Rodrigues dos Santos -- o presidente do partido garantiu que "não será, pela parte do CDS-PP, que o país não terá um Governo o mais rapidamente possível, não terá um orçamento que lhe permita iniciar esta recuperação económica e social do país".
"O CDS naturalmente não será um problema, não é um empecilho à normalidade democrática de Portugal, e estará assim empenhado em ser parte da solução, comprometendo-se com a participação na construção de uma alternativa política de centro-direita que permita ganhar as eleições e devolver a esperança aos portugueses", indicou.
Rodrigues dos Santos citou ainda Francisco Sá Carneiro -- "em primeiro lugar o país, depois o partido, e só no fim as circunstâncias pessoais" -- para afirmar que essa é também a sua "convicção pessoal".
O líder do CDS adiantou também que pretende que o seu partido se "vire para fora", "converse com os portugueses", apresente as suas "ideias, protagonistas e projetos numa altura em que Portugal será chamado às urnas e onde o interesse nacional obriga a que os partidos estejam mobilizados a serem parte da solução que Portugal precisa para ser um país moderno, evoluído, com oportunidades e de futuro".
Questionado pelos jornalistas sobre as razões invocadas por alguns partidos, como o PAN, que pedem que as eleições não decorram nas datas que o próprio avançou para que a Assembleia da República consiga fechar alguns diplomas antes da sua dissolução, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que, neste momento, "o PS já está em campanha eleitoral, quer no Governo, quer através da sua bancada parlamentar na Assembleia da República".
Segundo o líder do CDS, tanto o PS como os partidos à esquerda "procurarão agora, nesta reta final da legislatura, fazer tudo aquilo que não fizeram durante estes seis anos, prometer tudo a todos, criando ilusões para ter contrapartidas políticas, ou seja, governando a pensar na eleição e não na próxima geração".
Rodrigues dos Santos deu o exemplo da reapreciação do diploma vetado sobre a eutanásia, marcado para dia 04 de novembro, afirmando que recebeu a notícia com "estupefação" e que foi motivada "por uma agenda política fraturante".
"Portanto, não concordo de maneira nenhuma com o protelar e o adiamento das eleições legislativas, nem sequer concordo com esta perpetuação do Governo socialista no poder ou de esquemas e manobras parlamentares", indicou.
A delegação do CDS hoje recebida pelo Presidente da República foi composta por Francisco Rodrigues dos Santos, pelo vice-presidente do partido Pedro Melo, pelo presidente da mesa do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, e pelo presidente da mesa do Congresso, Martim Borges de Freitas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe hoje, em Belém, os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e da data das eleições antecipadas.
As audiências decorrem por ordem crescente de representação parlamentar, tendo o chefe de Estado já recebido a Iniciativa Liberal, Chega e PEV e prosseguindo com o CDS, PCP, BE, PSD e PS.
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