Ministro das Finanças garante que o conselho de administração está a trabalhar para apurar responsabilidades.
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Mário Centeno garante que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já está a trabalhar para apurar responsabilidades. Isto depois de as conclusões preliminares da EY terem revelado que o banco estatal emprestou dinheiro em montantes elevados perante pareceres desfavoráveis entre 2000 e 2015.
"O conselho de administração da CGD já está a trabalhar no apuramento das responsabilidades civis, porque o Ministério das Finanças deu essa indicação" ao banco estatal, afirmou o ministro das Finanças perante os deputados, na comissão de Orçamento de Finanças, referindo-se às consequências da auditoria realizada pela EY a 15 anos de gestão da CGD.
"Quando o trabalho estiver concluído, estaremos lá" para responsabilizar os envolvidos neste processo, referiu ainda Mário Centeno, recordando que foram necessários vários ministros e governos para que fosse pedida uma auditoria aos atos de gestão do banco estatal.
"Foi a primeira vez em 20 anos, depois de oito ministros das Finanças e sete governos, que isto foi feito", afirmou o ministro das Finanças perante os deputados, na comissão de Orçamento de Finanças, referindo-se à auditoria realizada pela EY a 15 anos de gestão da CGD.
O responsável pela pasta das Finanças garante que "ninguém neste Governo tem qualquer problema com a questão da auditoria e com as consequência que esta possa ter". E, por isso, o executivo deu indicação ao banco estatal liderado por Paulo Macedo "para levar até às últimas consequências todas as ações que sejam necessárias" para que os envolvidos possam ser responsabilizados "por aquilo que foi feito, decidido e realizado pela CGD ao longo destes anos", reforça o ministro.
Foi na terça-feira que o Ministério Público autorizou a CGD a disponibilizar o relatório da auditoria feito pela EY aos atos de gestão à Assembleia da República. Já o banco estatal disse que vai enviar as conclusões para os deputados, expurgando os elementos que violem o segrego bancário.
De acordo com a auditoria da EY aos 15 anos de gestão da Caixa, divulgado por Joana Amaral Dias na CMTV, e a que o Negócios teve acesso, a CGD cedeu créditos de montantes elevados sem respeitar as regras. Emprestou dinheiro perante pareceres desfavoráveis da Direção de Risco do banco e sem justificar a decisão.
CGD tem de ser um banco "eficiente"
Neste sentido, o deputado comunista Duarte Alves realçou a necessidade de o novo acordo "salvaguardar os direitos dos trabalhadores" e ter em conta a "contagem do tempo de serviço", congelado desde 2016, mas que é necessária para efeitos de progressão da carreira.
Já Mário Centeno considerou que a "CGD tem condições no acordo de empresa que estão acima da média do setor", nomeadamente a tabela salarial. E relembrou que só a partir de 23 de agosto é que a Caixa "voltou a ser um banco", já que foi nesse dia que o Governo chegou a um acordo com Bruxelas para a recapitalização da instituição financeira.
Durante esta manhã de quarta-feira, referiu o ministro, a "Caixa está melhor em termos de resultados", sendo necessário "tornar-se num banco eficiente". Para tal, é preciso "reestruturar e reequilibrar em termos de número de agências e trabalhadores".
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