"Rui Rio aproximou-se mais do discurso antissistema - aliás ele próprio usou a expressão antissistema", diz Ventura.
O líder do Chega, André Ventura, disse esta segunda-feira que o presidente do PSD, Rui Rio, poderá ter dado o "primeiro passo" para um governo de direita com o discurso que fez no domingo no encerramento do congresso dos social-democratas.
"Gostei de ver Rui Rio tocar em pontos que são importantes para a direita, como é o caso da subsidiodependência, da fiscalização dos apoios sociais e de percebermos que não podemos ter um país em que andam uns a trabalhar e outros a viver à conta desses", disse, referindo-se à intervenção de Rui Rio no encerramento no 39. º Congresso do PSD, domingo, em Santa Maria da Feira, Aveiro.
André Ventura falava à margem da entrega das listas da candidatura do Chega às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro pelo círculo da Região Autónoma da Madeira, no Tribunal do Funchal.
"Rui Rio aproximou-se mais do discurso antissistema - aliás ele próprio usou a expressão antissistema -- do que fez durante todo o seu mandato", disse, acrescentando: "Já temos um caminho para andar. Agora, vamos ver se andamos ou se não andamos."
E reforçou: "Rui Rio pode ter dado o primeiro passo para conseguirmos um governo de direita em Portugal."
André Ventura disse, no entanto, não acreditar a 100% nas "transformações" do líder social-democrata, sobretudo em período pré-eleitoral, adiantando que o seu discurso no encerramento do congresso pode destinar-se apenas a "agradar ao eleitorado".
"É difícil acreditar em Rui Rio quando agora só faltam 30 dias para as eleições", disse, mas considerou que o presidente do PSD "tentou fazer o que não fez ao longo do último mandato", falando dos "problemas que importam às pessoas" e procurando "cortar a ligação umbilical" ao Partido Socialista.
E acrescentou: "Caso o Rui Rio se mantenha afiliado ao Partido Socialista e às ideias do Partido Socialista não teremos governo à direita e veremos o que acontece ao país depois do dia 30."
O líder do Chega afirmou que só haverá um "caminho possível" para um governo de direita em Portugal se o PSD seguir uma "política consistente de transformação".
"Governar para manter tudo igual, connosco não contam. Ou é para fazer uma rotura ou isso não é possível", reforçou, lembrando que Rui Rio "votou 60% das vezes" ao lado do PS na Assembleia da República.
No encerramento no 39. º Congresso do PSD, Rui Rio reiterou que pretende fazer reformas, mas "sem nenhuma Revolução", e voltou a atacar a utilização indevida dos apoios sociais, prometendo "fiscalização reforçada".
"Não é aceitável um país com a sua classe média sufocada em impostos e em que o seu salário de referência pouco se distingue do mínimo em vigor. Assim como também não é racional manter apoios sociais a quem os usa para se furtar ao trabalho e, dessa forma, condicionar a própria expansão empresarial que, cada vez mais, se lamenta da falta de mão de obra disponível", afirmou Rio, numa passagem muito aplaudida por uma sala cheia e muito mais entusiasmada do que na abertura.
Para o presidente do PSD, "os apoios sociais são socialmente indispensáveis, mas apenas para quem deles verdadeiramente necessita, e não para quem os recebe indevidamente".
"Tem de haver uma fiscalização adequada para que possamos garantir, simultaneamente, justiça social e progresso económico", afirmou.
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