André Ventura acusou o ex-ministro das Finanças de "estar disponível para ser líder do PS" algo que, na sua opinião, "não dá garantias de imparcialidade".
O Chega pediu esta segunda-feira a audição parlamentar do governador do Banco de Portugal e a Iniciativa Liberal anunciou ter apresentado um projeto que visa a exoneração de Mário Centeno.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do Chega anunciou que o partido entregou um voto de condenação para que o parlamento manifeste "profunda e severa condenação ao comportamento do governador do Banco de Portugal, por não pautar a sua conduta institucional com a imparcialidade e a integridade exigíveis ao exercício do cargo".
De acordo com informação divulgada pelo partido aos jornalistas, o Chega apresentou também um requerimento para a audição urgente de Mário Centeno na Comissão de Orçamento e Finanças.
André Ventura acusou o ex-ministro das Finanças de "não só ter ponderado, como estava disponível para ser líder do PS" algo que, na sua opinião, "não dá garantias de imparcialidade".
Depois de o líder da IL ter defendido, durante a manhã, a demissão do governador do Banco de Portugal, o deputado Bernardo Blanco anunciou que o partido "apresentou um projeto para que o Governo exonere" Mário Centeno.
Na ocasião, o líder do Chega foi questionado sobre o arquivamento do processo em que era um dos arguidos, por causa de um jantar-comício da sua candidatura presidencial realizado em janeiro de 2021, no pico da pandemia.
André Ventura saudou a decisão e disse estar "muito feliz" por partir para a campanha eleitoral das legislativas de 10 de março "com este processo terminado".
"Eu acho que temos de respeitar a justiça. Alguns decidiram fazer julgamento apressados e dizer que tínhamos cometido ilegalidades e crimes. Sempre disse que estava de consciência absolutamente tranquila e que o resultado devia ser este", salientou.
Também em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do BE considerou que a "relação entre Mário Centeno e o PS é conhecida", lembrando que exerceu o cargo de ministro das Finanças do primeiro governo de António Costa.
Pedro Filipe Soares afirmou parecer estar em causa uma tentativa de "desviar as atenções" e "distrair do essencial".
"Parece-nos a nós que essa escolha de António Costa tentar resolver problemas políticos com um governo tecnocrático não faz grande sentido", defendeu, referindo-se à sugestão de Mário Centeno liderar um governo, sem eleições.
Em declarações ao jornal Financial Times, no domingo, o governador do Banco de Portugal afirmou que teve "um convite do Presidente e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o Governo" e que estava "muito longe de tomar uma decisão".
Pouco depois, numa nota publicada esta segunda-feira de madrugada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o Presidente da República negou que tenha convidado quem quer que seja para chefiar o Governo, incluindo o governador do Banco de Portugal Mário Centeno, ou autorizado qualquer contacto para este efeito.
Já na manhã desta segunda-feira, Mário Centeno esclareceu, em comunicado, que não foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para chefiar o Governo.
"É inequívoco que o senhor Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo", já que optou por dissolver a Assembleia da República, afirmou o governador.
No comunicado divulgado esta segunda-feira no site do regulador bancário, o governador esclarece que na sequência dos eventos desencadeados com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira, "este" convidou-o "a refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro".
"O convite para essa reflexão resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República", referiu, indicando que "nunca houve uma aceitação do cargo, mas apenas uma concordância em continuar a reflexão e finalizá-la em função da decisão que o senhor Presidente da República tomaria".
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