Marta Quaresma Ferreira
JornalistaAdriana Alves
JornalistaInês Capucho
JornalistaSete dos nove partidos apontaram este sábado a data de 16 de janeiro como a mais indicada para a realização de eleições legislativas antecipadas, incluindo PS e PSD. Mesmo o PAN, que foi o único a não expressar preferência por um domingo concreto, admitiu esta data no calendário lato que apontou - segunda quinzena de janeiro ou primeira quinzena de fevereiro - e apenas o Iniciativa Liberal destoou, defendendo que não há condições para se realizarem legislativas antes de 30 de janeiro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouviu este sábado tarde os partidos políticos com assento parlamentar após o Parlamento ter chumbado esta semana o Orçamento do Estado para 2022.
Horário das audiências dos partidos com o Presidente
Conheça os horários das audiências com o Presidente:
14h00 - Iniciativa Liberal
14h30 - Chega
15h00 - PEV
15h30 - PAN
16h30 - CDS
17h45 - PCP
18h30 - BE
19h30 - PSD
20h30 - PS
"Pela iniciativa liberal, nós estamos prontos a ir a eleições amanhã"
A Iniciativa Liberal foi o primeiro partido a ser recebido por Marcelo.
Em declarações aos jornalistas, João Cotrim Figueiredo sublinhou que é necessário um jogo equilibrado entre as forças apresentadas no sufrágio.
"Pela iniciativa liberal, nós estamos prontos a ir a eleições amanhã", afirmou, acrescentando que a campanha deve ter, pelo menos, quatro semanas.
"São os partidos que têm de se adaptar ao País": Chega sugere eleições a 16 de janeiro
Segue-se André Ventura, líder do Chega.
O deputado sublinha a importância das eleições e afirma que alertou o Presidente da República sobre os congressos e eleições que irão decorrer nos partidos.
"São os partidos que têm de se adaptar ao País", recordou André Ventura, avançando com a sugestão de 16 de janeiro para as eleições legislativas.
"Há que ter em conta o que se passa nos partidos. O que indicamos ao Presidente da República é que o contexto de urgência que temos, de ter uma solução o mais rapidamente possível, obriga a que as eleições sejam o mais rapidamente possível", frisou.
PEV defende que dissolução do Parlamento é "desnecessária"
O PEV foi recebido este sábado pelo Presidente da República.
Em declarações aos jornalistas, o deputado José Luís Ferreira sublinhou que o chumbo do Orçamento do Estado (OE) para 2022 não obrigava necessariamente à dissolução do parlamento e realização de eleições
"Consideramos desnecessária a dissolução do parlamento e convocação de eleições, no entanto respeitamos a decisão do Presidente da República", afirmou.
O líder do PEV acrescentou que existem condições para que as eleições se realizem por volta de 16 de janeiro.
"País não pode esperar para ter um OE para maio": PAN após audiência com Marcelo Rebelo de Sousa
O PAN defendeu este sábado que tem de se garantir ao país uma solução que permita a formação de um novo governo e Assembleia da República, bem como um Orçamento do Estado que permita viabilizar os apoios sociais que Portugal precisa. O partido foi recebido este sábado pelo Presidente da República.
Porta-voz do PAN disse que o país não pode ficar refém dos interesses politico-partidiários para marcar as eleições.
"O país não pode ir a reboque de jogatanas políticas", referiu Inês Sousa Real.
Quanto à possibilidade de marcação das eleições para 16 de janeiro, a porta-voz do PAN afirmou que o partido estará preparado e que Portugal não pode esperar até maio para ter o Orçamento do Estado.
"País não pode esperar": CDS quer eleições a 9 ou 16 de janeiro
Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS, salienta frase de Sá Carneiro "em primeiro lugar, o país, depois o partido e só depois as circunstências pessoais de cada um de nós".
Para o líder do CDS, as eleições devem ser "marcadas logo, logo que possível" apontando para os dias 9 e 16 de janeiro.
Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda que existe "a possibilidade de estudar uma aliança pré-eleitoral com o PSD e isso teria vantagens" para ambos.
"A vida interna dos partidos não deve condicionar todo o interesse nacional", salientou também Francisco Rodrigues dos Santos considerando que o CDS se "compromete a ser uma alternativa para ajudar a governar o país".
Para Francisco Rodrigues dos Santos, "o país não pode esperar e o CDS não será um problema para a normalidade do país."
Relativamente ao abandono de Mesquita Nunes do CDS, 'Chicão' considera que "não é o espaço nem a altura para comentar a vida interna do partido".
PCP defende que eleições "não deveriam passar do dia 16 de janeiro"
Jerónimo de Sousa disse este sábado que os problemas do país e do povo português não foram resolvidos "com o resultado da votação do Orçamento do Estado".
Para o líder do PCP "marcar as eleições legislativas e dissolver a Assembleia da República" foram "uma escolha do Presidente da República", com a qual o partido não concorda necessariamente.
"Se vamos para eleições, que se vá o mais depressa possível", disse ainda defendendo que as eleições não deveriam passar do dia 16 de janeiro.
Jerónimo de Sousa mostrou-se "confiante" que o PCP se "possa afirmar no quadro da batalha eleitoral".
"Há matérias em que se justifica a convergência, nomeadamente com o PS", acrescentou.
O comunista confirmou ainda que será ele a liderar o PCP nas eleições "se a saúde não faltar".
Catarina Martins defende que "eleições se devem realizar o mais rapidamente possível"
Catarina Martins disse que "embora não fosse a ideia do BE, o Presidente decidiu dissolver a Assembleia da República".
Para a líder bloquista, as eleições devem realizar-se "o mais rapidamente possível" até porque "a vida interna dos partidos" não pode interferir com a marcação das eleições legislativas.
Catarina Martins concluiu dizendo que "como o Governo não se demitiu, as atualizações como do salário mínimo nacional devem avançar".
PSD quer eleições a 9 ou 16 de janeiro: "A partir daí não vejo data que sirva o interesse nacional", diz Rio
Rui Rio, líder do PSD, disse este sábado "que quanto mais tempo continuarmos assim, mais dinheiro vamos perder".
Para Rio, as eleições devem realizar-se "o mais depressa possível para que consiga existir Governo em janeiro".
O líder do PSD disse ainda que mesmo que as eleições se realizem a 9 ou 16 de janeiro "dificilmente" haverá um Orçamento do Estado antes de "junho".
Depois desse dois dias de janeiro, Rio considera que "não" vê "data que sirva o interesse nacional".
Em declarações aos jornalistas, disse ainda que "não falou" com Marcelo Rebelo de Sousa sobre o seu encontro com Paulo Rangel.
"A audiência não foi a mais curta e tensão não houve nenhuma", disse ainda quando questionado sobre o pouco tempo que esteve com o Presidente da República.
PS quer eleições a 16 de janeiro para "regressar às medidas previstas no Orçamento do Estado"
José Luís Carneiro, deputado do PS, disse este sábado que "a governabilidade plena significa que tão depressa quanto possível" seja permitido "regressar a medidas previstas no Orçamento do Estado, como reforço dos meios do Serviço Nacional de Saúde".
Para o Partido Socialista é muito importante que as eleições se realizem "o mais depressa possível" e a discussão de matérias no Parlamento depende muito da data da dissolução da Assembleia da República.
O deputado defendeu ainda que o dia 16 de janeiro é o mais indicado para a realização de eleições.
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