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Cheques psicólogo e nutricionista passam a fazer parte do programa 'Cuida-te'

Programa foi reforçado em 350 milhões de euros.

04 de novembro de 2025 às 12:42

As medidas cheque psicólogo e cheque nutricionista, que preveem consultas gratuitas para os mais jovens, vão ser integradas no programa 'Cuida-te', anunciou hoje a ministra da Cultura, apontando que tinham "vários constrangimentos" e que precisam ser melhoradas.

De acordo com a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, que está esta terça-feira a ser ouvida sobre o Orçamento do Estado para 2026 nas comissões parlamentares de Cultura, Juventude e Desporto, e de Orçamento, Finanças e Administração Pública, os cheques psicólogo e nutricionista tiveram "cerca de 30 mil consultas".

"O nosso objetivo é melhorar uma medida que é uma boa medida, mas que tem claramente alguns problemas de execução. Nós vamos passar as duas medidas para o Cuida-te", revelou a ministra, justificando a opção com a vontade de "capacitar, valorizar e enriquecer o Cuida-te".

Lembrou que este programa foi reforçado em 350 milhões de euros e está a "ser um sucesso", apontando que quando assumiu funções como ministra, ainda na anterior legislatura, o 'Cuida-te' tinha "entre 10 e 11 profissionais alocados".

Margarida Balseiro Lopes defendeu que o programa, criado pelo Partido Socialista, "é uma boa medida" que estava "mal executada".

"Neste momento tem 111 profissionais. Tem 27 psicólogos seniores, 30 psicólogos estagiários, 21 nutricionistas, 25 enfermeiros, um pedopsiquiatra, tem uma pessoa de serviço social, tem um técnico de atendimento psicossocial, tem 5 coordenadores psicólogos que coordenam a rede de psicólogos, além das unidades móveis que estão também em pleno funcionamento", revelou a ministra.

Balseiro Lopes adiantou que pretende simplificar a atribuição dos cheques psicólogo e nutricionista, "garantindo um acesso mais direto com menos burocracia e maior rapidez".

"Em paralelo, vamos continuar a alargar o programa Cuida-te, um programa que tem sido essencial no apoio aos jovens, garantindo mais de 6 mil atendimentos nos primeiros meses do ano em várias regiões do país e assegurando respostas de proximidade quando elas são mais necessárias", disse a ministra.

Apontou que, para que as medidas funcionem, é necessária uma estratégia de longo prazo, razão pela qual irá apresentar a Agenda Nacional da Juventude, "um documento estratégico construído a partir de uma auscultação muito alargada a milhares de jovens, associações, autarquias e que vai entrar em execução em 2026".

De acordo com a governante, este documento estará "assente em eixos estratégicos, objetivos operacionais e medidas concretas" e "vai orientar as políticas públicas de juventude em Portugal dando-lhes maior coerência, eficácia e impacto e mobilizando toda a sociedade num compromisso duradouro com as novas gerações".

"Também integrada na Agenda está a revisão da Lei do Associativismo Jovem, com o objetivo de simplificar processos, remover obstáculos e abrir caminho a novas formas de participação. Queremos um associativismo mais acessível, menos burocrático e mais próximo dos jovens", defendeu.

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