PS, Livre, BE e PAN apresentaram o programa na corrida às autárquicas, reivindicando serem a "única alternativa a Carlos Moedas".
A coligação "Viver Lisboa", que esta sexta-feira apresentou o seu programa às eleições autárquicas, "não nasce contra ninguém", mas sim da "convicção de que Lisboa precisa de uma nova liderança", que "ponha as pessoas no centro das decisões".
Num jardim público da freguesia de São Domingos de Benfica -- porque quer "estar no meio das pessoas, com todos, todos, todos, e não fechada em salas", a coligação "Viver Lisboa" (PS, Livre, BE e PAN) apresentou o seu programa reivindicando ser a "única alternativa a Carlos Moedas", atual presidente da câmara e recandidato pela coligação "Por ti, Lisboa" (PSD, CDS-PP e IL) nas eleições de 12 de outubro.
Para a coligação "Viver Lisboa", acima de todas as prioridades está "a emergência" da habitação.
A cabeça de lista da coligação, Alexandra Leitão (PS), criticou a decisão anunciada pelo Governo na quinta-feira de alienar património público, a maioria do qual em Lisboa e prometeu "tudo fazer para evitar que imóveis públicos com aptidão habitacional sejam vendidos no mercado livre", admitindo que o município os adquira.
Além da habitação, o programa tem outros dois grandes focos, os transportes e a limpeza.
"Nunca foi tão mal gerida a higiene urbana", avaliou, sublinhando que "uma cidade limpa é uma cidade mais segura".
A cabeça de lista referiu ainda "a degradação" das escolas de Lisboa, anunciando um "programa urgente de requalificação do edificado" e garantir refeições de qualidade, reforçando a ligação à comunidade.
Alexandra Leitão destacou que lidera "uma equipa de pessoas de todos os partidos e sem nenhum partido" e agradeceu "o privilégio" de contar com a atriz Maria do Céu Guerra como mandatária da candidatura.
"Depois de quatro anos de falhanços, não podemos esperar mais", instou.
"Não queremos uma cidade de unicórnios", vincou, sublinhando "os problemas reais" da cidade e dos seus habitantes.
Antes da cabeça de lista, André Moz Caldas, candidato a presidente da Assembleia Municipal, resumiu o programa a "casas que as pessoas podem pagar, transportes em que as pessoas podem confiar e uma cidade limpa".
Começando pela habitação, a coligação propõe, entre outras medidas, lançar a construção de 4.500 casas até 2029, "desbloquear já operações de renda acessível que ficaram suspensas no último mandato", mobilizar terrenos e casas devolutas, permitir alojamento local "só onde faz sentido" e adotar uma moratória a novos hotéis.
No que diz respeito à limpeza da cidade, a coligação 'subiu a parada', prometendo recolha de lixo sete dias por semana (Carlos Moedas comprometeu-se com seis dias na apresentação do seu programa, na quinta-feira).
Nos transportes, defende o passe Navegante gratuito para todos os lisboetas e mais corredores BUS.
Creches gratuitas e universais e apoiar a contratação de mais profissionais para os centros de saúde fazem também parte das propostas.
"Honrar o legado da capital verde", garantir que Lisboa é "amiga dos animais" fazem igualmente parte do programa hoje apresentado, que se compromete com o reforço da dotação orçamental para a cultura e a acessibilidade plena e a "canalizar 1% do orçamento municipal" para a ciência e inovação.
Também coordenador do programa, Moz Caldas adiantou que, se for eleita, a coligação vai avaliar o impacto da "Unicorn Factory Lisboa", à luz dos dinheiros públicos nela investidos, e devolver o espaço à designação original de Hub Criativo do Beato.
Habitação, higiene urbana, trânsito, transportes e mobilidade foram os destaques dos parceiros da coligação.
Pelo Livre, Isabel Mendes Lopes situou a coligação em "construir uma Lisboa para viver", sublinhando que "só há uma pessoa que tem uma hipótese real de ser presidente da câmara" em vez de Carlos Moedas, Alexandra Leitão, destacando os seus "sentido de justiça, capacidade de trabalho e entrega".
"Fazes muita falta na Assembleia da República, mas mais falta fazes a Lisboa", disse, dirigindo-se a Alexandra Leitão.
Fabien Figueiredo, pelo BE, colocou a tónica numa "Lisboa mais limpa", notando que a higiene urbana "falhou, porque faltou humildade e competência" ao atual executivo liderado por Carlos Moedas.
"A um autarca, de esquerda ou de direita, exige-se que cumpra os mínimos", afirmou.
Pelo PAN, Inês de Sousa Real acentuou a necessidade de "unir esforços", destacando que muitas pessoas "já não conseguem viver Lisboa", atualmente uma "cidade de contrastes" entre bairros.
"A coligação também não vai deixar os animais para trás e vai fazer diferente", assumiu, levantando a principal bandeira do PAN.
Concorrem à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro: Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
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