Candidato presidencial foi questionado sobre o menor número de acessos ao Ensino Superior.
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo considerou esta quarta-feira que "começa a haver uma convicção de que ter um diploma ou não", em termos salariais, é "quase indiferente", quando questionado sobre o menor número de acessos ao Ensino Superior.
"A leitura que eu faço é que hoje em dia começa a haver uma convicção que ter um diploma ou não, em termos dos salários que, depois, podem ser auferidos, é quase indiferente, e portanto os alunos começam a desistir de ter uma formação mais especializada e mais profunda", disse esta quarta-feira aos jornalistas durante uma visita que fez à Feira do Livro do Porto.
Outro dos motivos adiantados pelo candidato à Presidência da República para o menor número de estudantes colocados nas universidades e politécnicos, cerca de 10.000, são "os custos" da formação académica dos alunos.
"Deslocações, habitação, falta de camas para estudantes, os próprios custos das propinas, alguma falta de investimento em bolsas" foram alguns dos fatores elencados por Henrique Gouveia e Melo para a "para haver uma redução da passagem dos estudantes do Ensino Secundário para o Ensino Superior".
O candidato considera que em causa está "comprometer" o futuro do país, pois as coisas feitas esta quarta-feira "vão ter impactos daqui a 10, 20 anos".
Gouveia e Melo considerou ainda que "há cursos que têm médias muito elevadas para entrada", o que significa que "a oferta é pequena para as necessidades", pois esses são "cursos de uma nova economia" nos quais se estão a "reduzir as entradas".
"Isso significa que não vamos estar aptos a fazer essa nova economia daqui a 10 anos", entende o candidato, dando como exemplos as áreas do aeroespacial, biotecnologia ou a medicina", questionando "porque é que só alunos acima de 18 conseguem entrar no curso" e se "um aluno de 17" ou "de 15" é "um mau aluno".
Henrique Gouveia e Melo considera que não está a ser potenciado "o máximo" da população portuguesa, "principalmente em áreas do conhecimento que são críticas para uma nova economia".
"Queremos uma economia do conhecimento, com muita tecnologia, ou não? Porque só essa economia é suficientemente produtiva para, em vez de distribuir pobreza, distribuir riqueza", considerando o almirante que a portuguesa "está a cair verdadeiramente para a cauda da Europa".
Questionado sobre se há o risco do Ensino Superior se poder tornar exclusivo para quem o pode pagar e estudar nas melhores escolas, o candidato presidencial reconheceu que sim, considerando que tal é "desperdiçar um potencial humano gigantesco [...] condenando-o a uma área de conhecimento inferior que depois também não produz uma economia de maior qualidade e de maior valor acrescentado".
"É um bocado uma 'pescadinha de rabo na boca'. Depois vamos amargurar estas coisas mas não é hoje, é daqui a 10, 15, 20 anos", alertou.
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