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Gouveia e Melo critica possível escrutínio dos incêndios com "perspetiva negativista"

Candidato presidencial disse ainda que "há muita coisa para fazer de forma diferente" no combate aos fogos.

27 de agosto de 2025 às 18:28

O candidato a Presidente da República Henrique Gouveia e Melo criticou esta quarta-feira, relativamente aos incêndios, escrutínios feitos a partir de uma "perspetiva negativista", quando questionado sobre uma eventual comissão de inquérito forçada pelo Chega.

"Todos os escrutínios são importantes. Agora, quando o escrutínio é para valorizar uma perspetiva negativista e não uma perspetiva de construção de um futuro, eu francamente não consigo ver utilidade nisso", disse esta quarta-feira Gouveia e Melo no Porto, em visita à Feira do Livro.

Para o candidato presidencial, que foi questionado sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) potestativa (de caráter obrigatório), "é muito fácil, numa empresa, fazer parte da secção da demolição".

"O que é muito difícil é, nessa empresa, fazer parte da secção da reconstrução e da construção. Demolir é muito mais fácil que ter ideias construtivas e construir", advogou.

Segundo Henrique Gouveia e Melo, "a crítica é sempre muito fácil".

"O problema é como é que nós passamos da crítica para ações concretas, sistemáticas, persistentes no tempo, para daqui a sete ou oito anos não estarmos aqui", vincou.

O candidato presidencial disse ainda que "há muita coisa para fazer de forma diferente" no combate aos incêndios.

"Claro que pertence à governação, mas a Presidência tem também que ter um olhar atento e não é só dar recados, é ajudar a que este processo se consolide ao longo do tempo", considerou.

O almirante voltou a insistir que é necessária uma "melhor organização de recursos", rejeitando injetá-los "de forma desorganizada no sistema que depois, quando responde, também responde de forma desorganizada".

"Se olhar para o sistema de comando e controlo dos recursos quando estamos em ação é um sistema super-complexo, com muitas entidades, e com muitas entidades a responsabilidade também é diluída. No momento da ação nós não conseguimos coordenar uma ação rapidamente porque há muitos intervenientes, muita gente a mandar, muita confusão", assinalou.

Gouveia e Melo considerou ainda que a estratégia "não pode ser 'deixa arder' a floresta e protege-se só as casas", porque "a floresta é um património".

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