Líder socialista diz que o país não pode continuar em incerteza.
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou na noite de terça-feira que "não existem razões" para adiar a decisão de dar posse a um governo do PS, referindo que o país pode "pagar um custo pesado" por existir um clima de incerteza.
"Já todos disseram que PS, BE, PCP e PEV asseguram a viabilização de um governo do PS com condições de governabilidade. Não existem razões para adiar mais aquilo que resulta da Constituição, que é dar posse a um governo que tem suporte maioritário na Assembleia da República", disse, durante um plenário distrital de militantes, que decorreu numa unidade hoteleira em Setúbal.
António Costa referiu que estão a aguardar que "de uma vez por todas" seja nomeado o governo que tem a maioria na Assembleia da República, defendendo que é preciso respeitar a vontade dos portugueses.
"Este não é um governo de gestão qualquer, é um governo que foi demitido pela Assembleia da República. Não respeitar a vontade da Assembleia da República é desrespeitar a vontade popular expressa no dia 4 de outubro", salientou.
País em incerteza
O secretário-geral do PS lembrou que Portugal não tem orçamento para 2016 e considerou que o "país, a economia e os mercados" não podem estar na incerteza.
"Temos que ter consciência da situação do país e não andar a brincar com o fogo. Cada dia em que adiamos a estabilidade de uma solução governativa duradoura, para pôr fim a este clima de incerteza, é mais um dia que corremos risco de lá fora e nos mercados a situação não ser bem entendida e o país pagar um custo pesado por isso", frisou.
António Costa defendeu ainda que o PS tem "viabilidade, programa, estabilidade e governabilidade" garantidos e que a solução não passa por dissolver a Assembleia da República.
"Não existe nenhuma razão para hoje, amanhã ou daqui a seis meses dissolver a Assembleia, o que existe é razão para dar posse ao governo do PS", defendeu.
Direita de cabeça perdida
António Costa referiu ainda que "a direita está de cabeça perdida", salientando que "não perceberam o resultado das eleições".
"Acreditaram que tinha capturado o PS para que fosse muleta da sua governação, mas têm que aprender que o PS existe para servir o país, tem valores e um programa, e que não está aqui para servir de muleta a ninguém", defendeu.
O secretário-geral do PS disse ainda que o PSD falhou em conseguir uma maioria na Assembleia da República, salientando que "não existem partidos nem deputados de primeira e de segunda".
"A cultura de compromisso e de diálogo, a necessidade de construção de maiorias, a que tantas vezes apelou o Presidente da República, não se pode dirigir só a três partidos. Nós conseguimos aquilo em que o PSD falhou, uma solução maioritária dialogando com BE, PCP e PEV", defendeu.
"Conseguimos o essencial, que é por de acordo sobre o prioritário para o país nos próximos quatro anos. Não temos de estar de acordo sobre a NATO para estar de acordo sobre a atualização do salário mínimo", concluiu.
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