Declarações surgem na sequência dos cinco casos de pessoas baleadas registados na região de Lisboa, na última semana.
A ministra da Administração Interna alertou esta segunda-feira para a recente onda de crimes violentos gerar um sentimento de insegurança exacerbado em relação à realidade.
"Há de facto algum aumento da criminalidade violenta, mas não é tanto quanto se ecoa a comunicação social, o que gera nas pessoas um sentimento de insegurança quanto à realidade que, nem sempre, coincide com o que efetivamente acontece", afirmou esta segunda-feira a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, quando questionada sobre os cinco casos ocorridos na região de Lisboa.
Na última semana, a polícia registou cinco casos de pessoas baleadas: Um homem deu esta madrugada entrada no Hospital Amadora-Sintra com ferimentos de bala no joelho, depois de, no domingo, um outro jovem também ter sido deixado à porta do mesmo hospital com ferimentos no abdómen.
Na madrugada de quarta-feira, na Cova da Moura (Amadora), um outro homem foi baleado na zona da barriga e, na terça-feira, as autoridades registaram outros dois casos.
"A onda de crimes violentos que marcou a última semana tem de ser entendida no contexto que é o nosso, que é o de relatório rigoroso, quanto ao aumento efetivo de criminalidade e violência", acrescentou Maria Lúcia Amaral, no final da inauguração de uma nova esquadra da PSP em Odivelas.
Presente na cerimónia, o diretor Nacional da PSP, Luis Carrilho, aplaudiu o investimento de quase 600 mil euros para a reabilitação da esquadra da Pontinha, onde vivem "mais de 35 mil cidadãos".
Luís Carrilho sublinhou que o trabalho dos agentes da Pontinha permitiu diminuir a criminalidade geral, a violenta e a grave e aumentar as detenções este ano em relação ao ano passado.
Quanto à notícia do jornal Público que esta segunda-feira revela que a PSP avançou para "uma das maiores apreensões de droga de sempre à revelia da PJ", Luís Carrilho remeteu explicações para uma conferência de imprensa a realizar na terça-feira, saudando o trabalho dos agentes que apreenderam cerca de seis toneladas de estupefaciente, sobretudo haxixe, num armazém no Seixal, onde estavam também duas lanchas rápidas.
O Público avança que a operação "foi desencadeada à revelia da Polícia Judiciária (PJ) que, por lei, tem que ser obrigatoriamente avisada de qualquer ação levada a cabo por um dos outros órgãos de polícia criminal".
Também questionada esta segunda-feira de manhã sobre o assunto, a ministra disse desconhecer o ocorrido: "Não li ainda a notícia do jornal Público. Não sei o que aconteceu, por isso não considero nada".
Já sobre as críticas dos sindicatos da PSP, que têm exigido aumentos salariais e criticam o Governo por não ter incluído um reforço no Orçamento do Estado para 2026 que torne a profissão mais atrativa, a ministra garantiu estar a trabalhar nesse sentido.
"Tem havido - como em muitas outras instituições e áreas do Estado - alguma dificuldade em chamar as novas gerações para integrar estas instituições que implicam compromissos de vida", afirmou Maria Lúcia Amaral, considerando essa dificuldade "muito natural".
"Hoje, a cultura juvenil é outra, porque o mundo também é outro e os jovens têm muito mais alternativas e hipóteses de escolha. O que estamos a fazer na PSP é perceber como é que vamos dignificar a função e condição policial de modo a que possa ser atraente também para as novas gerações", acrescentou a ministra.
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