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Deputado arguido eleito para o CEJ

Socialista Ricardo Rodrigues furtou gravadores durante entrevista à ‘Sábado’.

15 de outubro de 2011 às 01:00

Só tenho uma palavra: lamentável." É assim que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), João Palma, reage à eleição do deputado socialista Ricardo Rodrigues, que vai ser julgado por atentado à liberdade de imprensa, para o Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), a única escola de magistrados do País.

António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), usa também apenas uma palavra para reagir à escolha do deputado que furtou gravadores durante uma entrevista à revista ‘Sábado’: "Estupefacto." "Uma escola de formação de magistrados merecia outra atenção", acrescenta Palma, que é subscrito por Martins: "Com essa indicação, o PS não quer prestigiar o CEJ." Contactado pelo CM, o deputado recusou fazer comentários.

Recorde-se que Ricardo Rodrigues, que foi acusado pelo DIAP de Lisboa de um crime de atentado à liberdade de imprensa pelo qual vai ser julgado, viu também o seu nome envolvido num escândalo de pedofilia nos Açores, em 2003, na sequência do qual se demitiu do Governo Regional, apesar de não ter sido constituído arguido.

Foram ainda eleitos para o CEJ António da Conceição Guedes (PSD) e como suplentes Gravato Morais (PSD) e Pedro Delgado Alves (PS), com 150 votos a favor, 54 brancos e 9 nulos.

PSD SOFRE REVÉS COM CHUMBO

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, terá de indicar outro nome para substituir Teresa Morais no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República.

O procurador Paulo Óscar Pinto de Sousa foi chumbado ontem, numa eleição que obrigava a uma maioria de dois terços.

O resultado foi 97 votos favoráveis, 90 votos em branco e 26 nulos, num universo de 213 votantes. A avaliar pelos resultados, nem a coligação PSD/CDS votou toda a favor do magistrado. A audição do procurador

já tinha revelado que a votação poderia correr mal. Ao CM,

o presidente da entidade, Marques Júnior, garante que o Conselho continua a funcionar "em pleno", mas é urgente a escolha de um novo nome para o lugar.

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