Líder parlamentar do CDS-PP aplaudiu a decisão do Ministério Público de fornecer as listas ao parlamento.
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O CDS-PP considerou esta quarta-feira que as discrepâncias entre as listas de material de guerra furtado em Tancos e recuperado pela PJ Militar reforça a necessidade de apuramento de responsabilidades na comissão parlamentar de inquérito.
Em declarações à agência Lusa, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, aplaudiu a decisão do Ministério Público de fornecer as listas ao parlamento, ao contrário do que "era a obrigação" do ex-chefe do Estado-Maior do Exército Rovisco Duarte, em julho passado, que se recusou fazer, invocando estarem em segredo de justiça.
Nuno Magalhães recordou que foi o seu partido a pedir as listas e que, depois da recusa do ex-CEME pediu à comissão parlamentar de Defesa Nacional para indagar junto do Ministério Público o que estava em segredo de justiça.
A resposta da procuradoria foi positiva e agora, segundo o deputado do CDS, "confirma-se que há uma discrepância entre as listas [do que foi furtado e depois recuperado], o que só reforça a necessidade de ser esclarecido, a necessidade desta comissão de inquérito".
Um inquérito para "apurar o grau de envolvimento, de conhecimento da parte do Governo em relação a todo o processo de Tancos, deste o furto dar armas até à sua devolução, descoberta ou recuperação, seja o que for, e a necessidade de o parlamento apurar responsabilidade políticas".
Para Nuno Magalhães, o primeiro-ministro "deve explicações aos portugueses e ao parlamento pelas falsidades" que disse ao falar publicamente na "recuperação de todo o material furtado".
Este material, defendeu, deve agora ser enviado para a futura comissão de inquérito, quando vier a ser criada, após a sua aprovação pelo parlamento, na sexta-feira, o que deverá acontecer ainda este mês.
A listagem do material de guerra furtado em Tancos recuperado pela Polícia Judiciária Militar, em outubro de 2017, enviada à comissão parlamentar de Defesa confirma que falta recuperar cinco granadas e mais de 30 cargas de explosivos.
A lista do que falta recuperar refere "1.450 munições de 9mm, um disparador de descompressão, duas granadas de gás lacrimogéneo, uma granada ofensiva, duas granadas ofensivas de corte para instrução, 20 cargas lineares de corte CCD20 e 15 cargas lineares de corte CCD30".
A informação consta de um documento, a que a Lusa teve acesso na terça-feira, enviado pelo Ministério Público à comissão parlamentar de Defesa Nacional, que tinha solicitado à Procuradoria as listas do material furtado dos paióis de Tancos e as listas do que efetivamente foi recuperado.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.
Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR.
Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que, entretanto, se demitiu.
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