Marcelo Rebelo Sousa disse, esta terça-feira, que é urgente respeitar a carta das Nações Unidas para garantir a paz no mundo, acelerar a luta contra as alterações climáticas, proteger os oceanos e a biodiversidade e as reformas das instituições financeiras internacionais.
"Estas urgências estão ligadas, não há paz, nem desenvolvimento sustentável, nem reforma das instituições, sem o respeito da carta", declarou.
Num discurso no debate geral da 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Presidente da República alertou para as promessas feitas ano após ano. "É tempo de cumprir no respeito do direito internacional, na construção da paz, na cooperação internacional, nas alterações climáticas, na reforma da ONU, na reforma das instituições internacionais. Sem isso não há paz um pouco por todo o mundo. Cada dia perdido é mais um dia de desigualdade, conflito e guerra", sublinhou o chefe de Estado.
O Presidente da República defende que a luta do povo ucraniano contra a invasão pela Federação Russa é inseparável da exigência de respeito pela Carta das Nações Unidas. "Essa a luta do povo ucraniano, como por todo o mundo noutras regiões -- no Sahel, em tantos pontos de África, no Próximo e Médio Oriente, na Ásia", acrescentou.
Marcelo diz não desistir de apoiar António Guterres, o Secretário-Geral da ONU. Para o Presidente da República "é fácil vir aqui prometer o mesmo e não cumprir".
"O meu voto é que daqui a um ano seja possível dizer que há mais paz do que guerra. Mais justiça, mais igualdade, mais ação climática, mais reforma das Nações Unidas, do que adiamento. Se assim for para o ano, valeu a pena. Se assim não for continuaremos a ouvir sempre os mesmos a prometerem e a não cumprirem", frisou Marcelo Rebelo de Sousa.