Secretário-geral da ONU falava na abertura da Cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e das Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou esta quinta-feira que a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é vital na construção de "pontes de entendimento", essenciais para lidar com os desafios globais e as tensões geopolíticas.
"Felicito a ASEAN pelo seu papel vital na construção de pontes de entendimento. Precisamos disso num mundo cada vez mais multipolar e que exige instituições multilaterais fortes -- baseadas na equidade, solidariedade e universalidade", afirmou em Jacarta.
Guterres falava na abertura da Cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e das Nações Unidas, uma das reuniões que coincide com a 43ª. Cimeira da ASEAN, que marcará o fim da presidência rotativa da Indonésia e a sua passagem para Laos.
António Guterres, que manterá um breve encontro esta quinta-feira com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, saudou na sua intervenção a presença de Timor-Leste, "pela primeira vez como observador na ASEAN".
E vincou que a parceria global ASEAN-ONU "é mais importante do que nunca" perante os vários desafios planetários, entre os quais destacou a "emergência climática, uma crise global do custo de vida, conflitos violentos, o aumento da pobreza, da fome e das desigualdades".
Desafios, notou que "são agravados pelo aumento das tensões geopolíticas", num momento em que se vive um "risco real de fragmentação, de uma Grande Fratura nos sistemas económicos e financeiros mundiais, com estratégias divergentes em tecnologia e inteligência artificial e quadros de segurança conflituosos".
O ex-primeiro-ministro português congratulou a ASEAN por "apostar em soluções multilaterais" e por contribuir com capacetes azuis para as missões das Nações Unidas.
"O poder de convocação da ASEAN, o empenhamento no diálogo e a experiência na prevenção de conflitos são pilares cruciais da estabilidade. Hoje, as tensões permanecem elevadas desde a Península da Coreia até ao Mar do Sul da China", disse.
"Estou grato aos Estados membros da ASEAN pela sua prossecução da resolução pacífica de litígios, alicerçada no respeito pelo direito internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar", notou.
António Guterres dedicou parte do seu discurso às alterações climáticas, considerando também aqui que a ASEAN pode ter um papel vital por ser uma das regiões "mais ricas em biodiversidade e altamente vulnerável a catástrofes naturais".
"Temos também de acabar com o nosso ataque contra o planeta. Ainda podemos limitar os piores impactos e cumprir as metas do Acordo de Paris", disse, referindo-se ao Pacto de Solidariedade Climática que apresentou e à Agenda de Aceleração "que apela aos países desenvolvidos para que atinjam 'net zero' o mais próximo possível de 2040 e as economias emergentes o mais próximo possível de 2050".
"A ASEAN está numa posição única para liderar uma transição energética global, sustentável, justa, inclusiva e equitativa. Felicito os países membros da ASEAN que são pioneiros em Parcerias para a Transição Energética Justa, como a Indonésia e o Vietname. E felicito todos os que estão a acelerar a eliminação progressiva do carvão e a dar início a uma revolução justa e inclusiva das energias renováveis", disse.
Apesar disso, vincou, é preciso "maior ambição" e mais apoio, considerando que "os países desenvolvidos têm finalmente de cumprir os seus compromissos para com os países em desenvolvimento" nesta matéria.
O secretário-geral da ONU pediu igualmente um esforço adicional para o "resgate dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", recordando o seu apelo a um investimento de 500 mil milhões de dólares para mudanças "profundas e estruturais para tornar os quadros globais -- incluindo o sistema de Bretton Woods -- mais representativos das realidades económicas e políticas atuais e também mais reativos".
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