"Um voto num candidato da esquerda à minha esquerda é um voto na direita", disse Seguro. António Filipe apontou que votos para Seguro cairiam "no mesmo cesto" de Marques Mendes e Gouveia e Melo.
António Filipe e António José Seguro estiveram em mais um frente a frente para um debate na corrida a Belém (transmitido pela TVI).
O primeiro a intervir foi António José Seguro, com o arquivamento do caso Spinumviva a ser o primeiro tema apresentado. "A justiça fez o seu trabalho e o próximo Presidente da República tem de cooperar com o Governo que está", afirmou Seguro.
Já António Filipe considera que "o MP entendeu que não havia indícios criminais" e que essa "é uma decisão que deve ser respeitada", mas afirma que o facto de um primeiro-ministro ter exercido atividades de natureza privada "é um problema".
Sobre um potencial conflito de interesses que possa envolver Marques Mendes, António Filipe referiu que "todos os interesses e atividades" que um candidato tenha, "têm de ser declarados". "O candidato apresentou a sua declaração, há acessibilidade relativamente aos dados" e "é legítimo o escrutínio público". António Filipe passou a apresentar a lista de clientes, uma folha em branco.
Sobre a mesma questão, Seguro relembra que "sempre que se justifique somar mais conhecimento àquilo que a lei exige", estará disponível para o fazer, apontando que também divulgará a lista de clientes para o qual trabalhou.
"Ainda está aí", respondeu António Filipe questionado sobre o que aconteceu ao eleitorado de esquerda, no âmbito das últimas sondagens. "Apresentei-me como a candidatura de esquerda que faltava", assegurou o candidato apoiado pelos comunistas. António Filipe aponta ainda que mantém a posição de não considerar António José Seguro um candidato de esquerda. "Não contestam as privatizações que têm lesado muito o património público, que são responsáveis por um país de baixos salários".
Seguro aponta que António Filipe "não dormiria bem" se a segunda volta fosse com André Ventura e Marques Mendes, apelando ao eleitorado que concentre os votos para que um candidato de esquerda possa passar à segunda volta.
António Filipe refere que Seguro está a fazer um apelo aos eleitores que votaram nos partidos à esquerda do Partido Socialista, acusando o adversário de não conseguir captar os próprios eleitores do PS.
Sobre a lei laboral, António Filipe garantiu ter estado ao lado dos trabalhadores no dia de greve geral, questionando Seguro onde estava. O adversário retalia, referindo que considera que um Presidente da República "não deve instrumentalizar" as greves.
No decorrer do debate, Seguro responde ser "um mito urbano" as posições que tomou no tempo da Troika, relembradas por António Filipe e que o candidato apoiado pelos comunistas refere terem sido coincidentes com as de Passos Coelho. "Estou sempre do lado da responsabilidade", apontou o candidato apoiado pelos socialistas.
"Acho que é legítimo que os portugueses queiram para as presidenciais algo diferente", disse António Filipe. Seguro confrontou o candidato apoiado pelos comunistas com o chumbo do Orçamento do Estado em 2021, com o voto contra do PSD, CDS, IL, Chega, BE e PCP.
"Um voto num candidato da esquerda à minha esquerda, é um voto na direita", apontou Seguro. António Filipe retaliou e referiu que os votos para António José Seguro cairiam "no mesmo cesto" de Marques Mendes e Gouveia e Melo.
A matéria da Ucrânia encerrou o debate, com os candidatos em desacordo. António Filipe afirma ter condenado a invasão russa, algo que António José Seguro nega. Acerca do acordo do Conselho Europeu para conceder um apoio de 90 mil milhões de euros aos ucranianos, António Filipe refere que a União Europeia "devia ter apelado pela paz e não o fez". O adversário contrapõe e chama o presidente Putin para o debate. "Como é que enfrenta um ditador chamado Putin?", atira Seguro.
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