Porta-voz do Livre demonstrou preocupação relativamente ao novo mapa político português.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, disse que os principais temas discutidos com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esta quarta-feira, foram a reflexão que a esquerda deve fazer após a alteração do mapa político português, nas últimas eleições legislativas, e a revisão constitucional pedida pela Iniciativa Liberal.
Para Rui Tavares, "a reflexão à esquerda sobre os resultados das eleições deve ser grande, mas não deve ser longa", afirmando que "a ideia de que [a reflexão] pode ser longa é errada e perigosa". "É preciso ter noção do abismo para o qual podemos estar a olhar", avisou o porta-voz do Livre.
O líder do partido progressista alerta para os resultados das eleições e para a mudança significativa do "mapa político português dos últimos 50 anos". Rui Tavares diz que a preocupação devem ser as eleições autárquicas, que podem acentuar a mudança. "Durante décadas poderíamos ter uma grande parte do território nacional dominados pela extrema direita", alertou o político.
"Não podemos dizer que as últimas eleições foram um sinal de alarme, sem despertar. O Livre deve despertar para esta realidade", disse o porta-voz do Livre, reforçando a preocupação relativamente ao novo mapa político nacional.
O segundo tema discutido com Marcelo Rebelo de Sousa foi a proposta de revisão constitucional apresentada pela Iniciativa Liberal, ouvida esta manhã no Palácio de São Bento.
Segundo Rui Tavares, o único partido que advertiu sobre a intenção da direita de mudar a Constituição foi o Livre. "Disseram-nos para não estarmos com 'papões'. E no entanto, hoje, a Iniciativa Liberal, anunciou que ia apresentar um projeto de revisão constitucional", afirmou o líder do Livre.
"Já sabíamos que a Iniciativa Liberal gostava de motosserras, agora sabemos que gosta de mandar gasolina para o fogo", disse Rui Tavares, criticando a proposta do partido de Rui Rocha.
O porta-voz do Livre apelou à coligação PSD/CDS-PP que rejeite uma revisão constitucional nesta legislatura face à nova composição do parlamento e pediu à esquerda uma "reflexão rápida" antes das eleições autárquicas.
"Seria muito importante que o senhor primeiro-ministro, ao ser indigitado, e que será, naturalmente, Luís Montenegro, da AD, que desse sinais de que esta legislatura não é uma legislatura para fazer uma revisão constitucional", considerou Rui Tavares, no final de uma audiência com o Presidente da República, de cerca de uma hora, no Palácio de Belém, sobre a formação do novo Governo, após as legislativas antecipadas de dia 18 que deram a vitória à AD -- Coligação PSD/CDS-PP.
Acompanhado pela co-porta-voz do partido Isabel Mendes Lopes, e os deputados eleitos Jorge Pinto e Patrícia Gonçalves, Tavares apelou para que a AD rejeite uma eventual revisão constitucional, ou "ao menos que diga que nunca será a favor de nenhuma emenda à Constituição que, em vez de ter dois terços, não tenha um consenso que abranja, pelo menos, três quartos da Assembleia da República, - ou seja, que conte também, pelo menos, com o centro-esquerda".
O dirigente do Livre salientou que este "não foi tema de campanha eleitoral e, portanto, não existe legitimidade para fazer uma revisão" que, na sua opinião, "constituiria uma mudança de regime".
Rui Tavares afirmou que, segundo uma proposta anterior da Iniciativa Liberal para rever a Constituição, "o serviço público de rádio e televisão deixaria de estar constitucionalmente garantido". Tais mudanças alteram a forma de viver em comunidade, segundo o porta-voz do Livre.
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