Este é o terceiro ato eleitoral consecutivo alvo de protestos por parte da população contra a mina de lítio.
Doze eleitores dos 306 inscritos em Morgade para as eleições Presidenciais votaram este domingo nesta freguesia do concelho de Montalegre, com a maioria a repetir um 'voto de protesto' contra a mina de lítio projetada para aquela localidade.
Este é o terceiro ato eleitoral consecutivo alvo de protestos por parte da população de Morgade, no distrito de Vila Real, que se concretiza com uma baixa afluência às urnas.
Tal como nas outras duas eleições, também este domingo a mesa de voto da Junta de Freguesia de Morgade foi alvo de uma tentativa de boicote. Esta manhã as portas estavam encerradas a cadeado e bloqueadas por contentores de ecoponto, tinham adiantado à Lusa fontes da Junta local e da GNR.
As mesmas fontes explicaram que a situação foi resolvida e a mesa de voto abriu à hora prevista.
Depois de quatro pessoas terem votado nas europeias de maio de 2019 e sete pessoas nas legislativas de outubro de 2019, doze eleitores exerceram o seu direito de voto, num total de 306 de inscritos na freguesia que agrega ainda as aldeias de Carvalhais e Rebordelo, adiantou à Lusa o presidente da junta local, José Nogueira.
"Esta foi a forma que a população encontrou de protestar. Após resolvida a tentativa de bloqueio, a votação decorreu dentro da normalidade sem incidentes até ao fecho", referiu o autarca.
Para o responsável da Associação Montalegre Com Vida, que contesta o projeto para a mina de lítio naquela localidade, Armando Pinto, a baixa votação demonstra que "a população está contra a mina".
"Sabemos que, de uma forma geral, a população está toda contra. Não são apenas meia dúzia de pessoas, como às vezes querem fazer passar, é uma freguesia inteira e grande parte do concelho de Montalegre", salientou.
Ao longo do dia, à entrada do edifício onde estava instalada a mesa de voto, vários populares concentraram-se e exibiram cartazes e tarjas com frases como "não há mina, sim à vida", sublinhou.
Armando Pinto referiu ainda que esta é uma forma para "chamar a atenção" de quem não quer ouvir, "como o Governo", e alertar "o resto do país para o que está a acontecer nesta freguesia, mas não só".
E criticou também a falta de debate entre os candidatos presidenciais sobre a exploração mineira em Portugal.
"Um assunto tão importante como este que nem sequer foi debatido pelos candidatos às presidenciais, apesar das cartas que enviamos e esta foi também uma forma de demonstrar a indignação da nossa parte", acrescentou.
O contrato de concessão de exploração de lítio no concelho de Montalegre foi assinado em março de 2019, entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, e tem estado envolto em polémica.
A empresa tem dito que a exploração da mina de lítio em Morgade vai ser mista, efetuando-se primeiro a céu aberto e depois em subterrâneo, e prevê a construção de uma unidade industrial para transformação do minério.
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