"Tratem-me por Mariana. Não é preciso cá 'senhora' ou 'doutora'", disse Mariana Leitão no encontro com estudantes da Universidade de Évora.
A líder da Iniciativa Liberal (IL) insistiu esta quinta-feira em ser tratada por tu, apesar das resistências dos alunos da Universidade de Évora, numa conversa em que defendeu mais oportunidades para os jovens, nomeadamente em cidades do interior.
"Tratem-me por Mariana. Não é preciso cá 'senhora' ou 'doutora'", disse Mariana Leitão, 43 anos, no encontro com estudantes da Universidade de Évora, no quadro de uma ação de campanha para as eleições autárquicas de 12 de outubro.
Os alunos foram chamados pela associação de estudantes, mas o fator de mobilização foi Rodrigo Mendonça, o candidato da IL à Assembleia Municipal de Évora, que juntou colegas de curso com a também licenciada em Relações Internacionais Mariana Leitão.
"Ela está a jogar em casa", disse à Lusa David Fernandes, de Serpa, que havia abordado pouco antes os custos do ensino superior em Portugal.
Algumas das exceções do grupo vinham de arquitetura, como é o caso de Ana Beatriz Calado, presidente da associação académica, que também defendeu oportunidades para que os alunos da Universidade de Évora possam fixar-se na cidade alentejana.
"A cidade de Évora é uma cidade de museu e se não existissem estudantes não existiria vida", disse, recordando que a universidade "tem muitos estudantes deslocados", mas "a fixação de jovens é praticamente nula".
"Temos de meter o interior e o Alentejo na agenda política", Ana Beatriz Calado.
Henrique Rocha, também dirigente da associação e aluno de Relações Internacionais subscreve as críticas: "Adoraria ficar em Évora, mas não vou ficar".
A falta de residências estudantis é outro dos problemas, alertou, salientando que a universidade tem apenas 525 camas para 10 mil estudantes, um número relativo abaixo de outras instituições de ensino superior no Alentejo, como Portalegre ou Beja.
Em resposta às queixas, Mariana Leitão afirmou que é "obrigação dos políticos ouvir as pessoas" e "apresentar soluções" e recordou as propostas da IL em matérias de habitação, mobilidade e atração de investimento para o país e municípios.
Se há cá uma universidade, "deve existir um ecossistema" que permita a fixação de jovens, acrescentou, em resposta a outro estudante a quem pediu, mais uma vez, para ser tratada por tu.
"Não sou assim tão velha, que coisa", disse, segurando uma garrafa de água sentada à sombra, numa mesa corrida, no bar da associação académica.
"É preciso criar condições para que quem quer cá ficar possa fazê-lo" e "cada ao Estado e aos municípios desenvolver políticas" que deem essa liberdade aos jovens, afirmou a dirigente liberal, lamentando o despovoamento do país.
Por seu turno, Fábio Cabaço, cabeça de lista da IL à Câmara, uma autarquia comunista que o PS quer reconquistar, salientou que uma das prioridades liberais para o concelho é atrair investimento e criar condições para fixar empregos.
"O facto de Évora ser uma cidade do interior não pode ser uma desculpa para não se fazer nada", salientou.
À saída, chamada para uma foto de grupo já depois de falar com os jornalistas sobre temas nacionais, Mariana Leitão insistiu de novo com os estudantes e disponibilizou-se para voltar. "Mas com uma condição: tratam-me por tu e venho as vezes que vocês quiserem".
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