Eurodeputado socialista revelou que teve uma "conversa séria" com António Costa e que não integrará a lista.
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O eurodeputado socialista Francisco Assis revelou este sábado que teve uma "conversa séria" com o líder, António Costa, e que não integrará a lista europeia do partido, mas prometeu estar empenhado nos próximos embates eleitorais do PS.
Francisco Assis falava na sessão de abertura da Convenção Europeia do PS, em Gaia, num discurso em que assumiu manter algumas dúvidas sobre o percurso estratégico do seu partido, mas em que também elogiou o secretário-geral socialista, sobretudo no que se refere ao seu "europeísmo".
O cabeça de lista socialista nas europeias de 2014 disse ter tido recentemente uma conversa "séria e civilizada" com António Costa e que, desta vez, não voltará a integrar a lista do seu partido concorrente às eleições de 26 de maio próximo.
Logo a seguir, no entanto, procurou desdramatizar essa circunstância: "Não vou integrar a lista ao Parlamento Europeu, mas não estar nessa lista não exclui o dever de contribuir para a vitória do PS".
"Nunca estive na política em função de desempenho deste ou daquele lugar, mas em função de ideias e de projetos - e nunca deixei de dizer o que pensava, mesmo que isso, eventualmente, pudesse prejudicar a minha continuidade nesta ou naquela função", disse, numa alusão às suas divergências face ao acordo parlamentar celebrado pelo seu partido com o PCP, Bloco de Esquerda e PEV em 2015.
A terminar o seu discurso, de mais de 20 minutos, o antigo líder parlamentar do PS afirmou que mantém em parte a posição que assumiu em 2015 sobre o percurso do seu partido.
"Não mudei em aspetos essenciais", só que - defendeu - "este é o momento para convergir e não para divergir".
Neste contexto, Assis citou primeiro o poeta Alexandre O'Neill: "Ele não merece mas vote PS". Depois, o ainda eurodeputado socialista fez uma segunda citação, também de carácter irónico, escolhendo dessa vez o antigo primeiro-ministro britânico Winston Churchill: "Somos o pior de todos os partidos à exceção de todos os outros".
"Tenho a certeza que vamos ter uma excelente lista ao Parlamento Europeu e vamos todos contribuir para a vitória do PS", acrescentou.
Em relação à atual solução política, Francisco Assis reconheceu que chegou a temer que o PS enfraquecesse o seu europeísmo "como preço a pagar" pelo seu acordo político com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
"Felizmente, isso não aconteceu. O PS não decaiu e manteve-se firme, mas foram os outros partidos que foram impelidos a aprovar orçamentos do Estado em que estavam consagradas opções claramente europeístas, o que constituiu um avanço em si mesmo", sustentou.
Na intervenção de abertura da convenção, o líder da Federação do Porto do PS, Manuel Pizarro, procurou estabelecer uma diferença de fundo entre a candidatura socialista ao Parlamento Europeu e a do PSD e CDS-PP, dizendo que "a direita, lamentavelmente, tentou impor sanções a Portugal em 2016".
Uma alusão ao facto de o Partido Popular Europeu (PPE) tem como candidato o conservador Manfred Weber, que defendeu sanções a Portugal na sequência do Procedimento por Défice Excessivo instaurado pela Comissão Europeia.
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