"Vivemos numa economia fragilizada, com o sistema internacional fragilizado, uma economia muito baseada no turismo", disse.
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo aconselhou esta terça-feira cuidado para evitar um regresso "à zona vermelha das contas públicas", avisando que esse espetro do passado recente pode, sem controlo, voltar a assombrar Portugal.
"Temos de ter cuidado com o controlo da dívida pública (...). Temos que ter cuidado para não sermos afetados de um momento para o outro, voltando à zona vermelha das contas públicas. Se voltarmos à zona vermelha das contas públicas, rapidamente o espetro do passado recente pode voltar a assombrar-nos e eu não desejava isso", disse Henrique Gouveia e Melo.
Em Felgueiras, no distrito do Porto, onde visitou a fábrica de calçado Carité, e depois de visitar a fábrica de têxteis Calvelex em Lousada, o almirante na reserva elogiou "o dinamismo e a capacidade de resiliência" destes setores, mas quando questionado sobre os números recentemente conhecidos da dívida pública deixou avisos.
"Vivemos numa economia fragilizada, com o sistema internacional fragilizado, uma economia muito baseada no turismo", disse.
A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 5.959 milhões de euros em setembro, pelo 10.º mês consecutivo, para 294.319 milhões de euros, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) na segunda-feira.
De acordo com o banco central, o aumento refletiu "a subida dos títulos de dívida de longo prazo e dos certificados de aforro", respetivamente em cerca de 5.700 milhões de euros e 500 milhões de euros.
Em termos nominais, este é o valor mais alto alguma vez registado na série do BdP, que recua a 1995.
Também questionado sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e sobre a possibilidade de verbas não estarem a ser aproveitadas por exemplo, para centros de apoio e acolhimento a imigrantes, Gouveia e Melo não abordou o tema em concreto e resumiu: "A minha preocupação está com um Portugal impreparado, um Portugal de improviso e desorganizado".
"Uma das motivações da minha candidatura foi precisamente contribuir para evitar que Portugal continue nesse caminho. Esse caminho é um caminho que não retira o máximo potencial, não só da nossa economia, mas das oportunidades que nos são oferecidas. E, mais uma vez, está a comprovar que não estamos a conseguir tirar esse máximo potencial. Isso é culpa nossa. Mas não é culpa dos portugueses", disse.
Já sobre os setores de atividade aos quais dedicou as visitas desta manhã, Gouveia e Melo quis passar uma mensagem de admiração porque são áreas que "sofreram diversos embates depois da entrada na União Europeia e têm resistido a esses embates todos com inovação, com coragem e com a internacionalização".
"Fico muito contente. Este setor [calçado] é um exemplo e deve servir de exemplo para outros setores que vão enfrentar embates que resultam da globalização e dos bloqueios internacionais", concluiu.
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