Despesa pública aprovada com este objetivo ascende a 85,7 milhões de euros.
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O Governo pagou até ao momento cerca de 67 milhões de euros de ajudas aos agricultores afetados pelos incêndios de 2017, disse esta sexta-feira o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.
A dotação disponibilizada para apoiar milhares de lesados do setor agropecuário, com fundos comunitários do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), ultrapassou os 92 milhões de euros, tendo sido aprovadas 25.192 candidaturas.
A despesa pública aprovada com este objetivo ascende a 85,7 milhões de euros, dos quais foram pagos 67,1 milhões, devendo a verba restante ser reembolsada logo que os candidatos apresentem os comprovativos dos custos, adiantou Capoulas Santos.
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural falava aos jornalistas em Negrelos, concelho de Oliveira do Hospital, durante uma visita à sede da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE), à qual o ministério vai doar 500 ovelhas bordaleiras a distribuir por pastores da região afetados pelos fogos de 2017.
Esta medida, disse, "é mais um passinho na ajuda à reconstrução" dos municípios da região devastados há um ano pelo grande incêndio, que começou no dia 15 de outubro, na Lousã, e se propagou depois a outros concelhos da região Centro.
"Acreditar neste setor é conseguir repor as condições de produção em toda a fileira", afirmou Capoulas Santos, numa intervenção nas instalações da ANCOSE, onde depois almoçou com pastores associados.
O ministro da Agricultura adiantou que, no âmbito das ajudas do Estado aos produtores afetados pelos incêndios, o Governo pagou até ao momento 8,6 milhões de euros, "só em Oliveira do Hospital", concelho do distrito de Coimbra onde cerca de 3.500 lesados foram contemplados com estes apoios.
"Ao Governo, compete utilizar estes dinheiros de forma honesta, transparente e solidária", defendeu, após ter deparado com uma manifestação do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), à entrada das instalações da ANCOSE, que divulgou "um caderno com as situações" que, na sua ótica, "não foram resolvidas até ao momento na agricultura após os incêndios" do ano passado.
Em vários pontos de Oliveira do Hospital, o MAAVIM, liderado pelo empresário Fernando Tavares Pereira, surgiram esta sexta-feira diversos cartazes do movimento com as seguintes palavras: "Abandonados. Vergonha nacional".
Perante o presidente da ANCOSE e da Câmara de Oliveira do Hospital, que também intervieram na sessão, Luís Capoulas Santos reagiu à iniciativa do MAAVIM, encabeçada pelo fruticultor Nuno Pereira, presidente da Cooperativa Capital dos Frutos Silvestres e filho daquele empresário de Midões, no vizinho concelho de Tábua.
O ministro criticou Fernando Tavares Pereira e as empresas a que está ligado por terem apresentado ao Ministério da Agricultura um balanço de prejuízos na área agrícola de 1,5 milhões de euros, dos quais apenas cerca de 300 mil euros foram admitidos como montante elegível para efeitos de ajuda do Estado.
"Os agricultores das zonas afetadas pelos incêndios de outubro continuam abandonados pelo Ministério da Agricultura", afirmam os manifestantes num documento distribuído aos jornalistas.
Para o MAAVIM, "são mais de 5.000 pessoas afetadas pelos incêndios de 15 e 16 de outubro de 2017 que ficaram fora de tudo e que somente querem justiça, para que lhes seja dada a dignidade que a atividade agrícola e florestal merece".
"Lamentamos que mantenha uma postura de indiferença com os lesados das regiões afetadas", adianta, no texto dirigido a Luís Capoulas Santos.
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