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Governo já recebeu cinco mil pedidos de ajuda, cinco vezes mais do que em 2024

Possibilidade de os prejuízos serem superiores a 30 milhões de euros.

21 de agosto de 2025 às 13:55

O Ministério da Economia e da Coesão Territorial recebeu esta quinta-feira cerca de cinco mil pedidos de ajuda, sobretudo de Câmaras do Norte, na sequência dos incêndios rurais das últimas semanas.

No final de uma reunião com autarcas do Norte, mas também do Centro, realizada na manhã desta quinta-feira em Sernancelhe, Castro Almeida apontou para um número que multiplica por cinco os mil pedidos que se tinham registado em 2024.

Sem querer contabilizar em concreto, enquanto as avaliações nos terrenos ainda estão a ser feitas, o ministro anuiu à possibilidade de os prejuízos serem superiores a 30 milhões de euros, quando questionado pela comunicação social.

"Estamos a contar que apareçam cinco mil pedidos de apoio a pequenos agricultores, para aqueles até 10.000 euros, apoios não documentados. Vamos ser muito rápidos, porque essa é a principal missão", realçou.

Segundo adiantou, não só o número de agricultores é "bastante superior" a 2024, como "também o volume envolvido é bastante superior".

Indicou que, "tranquilamente, diria três, quatro, cinco vezes mais do que no ano passado".

"Estamos a falar de algumas dezenas de milhões de euros, mas será "acima de 30 milhões de euros com toda a certeza".

Castro Almeida adiantou que, na "próxima semana, ficam disponíveis os documentos para as pessoas fazerem as suas candidaturas" que apresentam nos seus municípios de residência, que depois os encaminham para a Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional (CCDR) Norte.

"A CCDR Norte vai avaliar e paga em 10 dias, ou menos, pelo menos os primeiros milhares de pedidos que vão aparecer", assegurou.

Do que ouviu na reunião, "há problemas com animais e com a subsistência de animais e de pessoas" e, por isso, prometeu que se vai "tratar disso rapidamente".

Noutros casos, como, por exemplo, empresas, como o caso de um proprietário de uma oficina em Sarzeda, Sernancelhe, cujo prejuízo é superior a um milhão de euros e que os ministros visitaram, as linhas de apoio serão diferentes.

"O Estado tem de existir para estas coisas. O Estado não é rico, mas é solidário. Um Estado que se preze tem de estar cá para estas situações e temos de ser justos e é isso que vamos procurar fazer no diploma que vamos aprovar hoje", no sentido de "viabilizar situações" como aquela.

O conselho de ministros extraordinário está agendado para as 17h00 em Viseu.

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