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Governo vai dar prioridade à integração de imigrantes em 2026

"A integração começa na documentação" e "nós não conseguíamos integrar em Portugal aqueles que não sabíamos sequer que cá estavam", explicou Rui Armindo Freitas.

29 de outubro de 2025 às 18:59

O secretário de Estado Adjunto da Presidência e Imigração afirmou esta quarta-feira que a integração dos imigrantes será uma prioridade em 2026 e admitiu que o contexto político do país é "desafiante" para o Governo.

"A integração começa na documentação" e "nós não conseguíamos integrar em Portugal aqueles que não sabíamos sequer que cá estavam. Agora nós sabemos os que estão cá e sabemos que podemos desenhar programas para eles", explicou Rui Armindo Freitas, em entrevista à Lusa, por ocasião dos dois anos de criação da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), a 30 de outubro de 2023.

Sobre as críticas que o 'I' de integração da AIMA quase não é promovido na agência, Rui Armindo Freitas admitiu que a prioridade era a regularização dos casos pendentes, embora os projetos para integrar imigrantes tenham tido maior destaque no Ministério, com a duplicação do valor para os programas de apoio às associações de imigrantes.

"Na realidade muito foi feito", mas "o objetivo é muito maior e queremos fazer muito mais", afirmou Rui Armindo Freitas, reconhecendo que o contexto atual, em que o discurso anti-imigrantes ocupa o espaço público, é "desafiante" para o Governo.

Contudo, "o contexto que nós herdámos foi o contexto que propiciou que esse tipo de reações pudessem existir na sociedade portuguesa", pela "forma irresponsável como foi tratada a imigração até 2024", criando um "terreno para um exercício de desconfiança entre todos", entre cidadãos nacionais e os próprios imigrantes, afirmou.

Nas últimas semanas tem sido notícia os cartazes do candidato presidencial André Ventura que visam imigrantes e o governante considerou que a aposta deve estar focada em projetos de integração, apesar do contexto político.

"Quando temos cartazes desta ou daquela índole, esta é a altura de dar o passo em frente e de apostarmos na integração para termos coesão social", sem "beneficiar esta ou aquela cultura", mas em promover "todos aqueles que são os agentes que fazem parte da comunidade portuguesa ou da sociedade portuguesa a cada momento", acrescentou.

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