Autarca de Lisboa rejeitou apresentar a demissão, mas assumiu as responsabilidades politicas.
'Houve uma tentativa de politização que é inadmissível': Carlos Moedas sobre tragédia no Elevador da Glória
CMTV
“Estive quatro dias a ser destruído por máquinas políticas que querem politizar uma tragédia desta dimensão, não queria acreditar que isso estava acontecer no meu país, houve uma tentativa de politização que é inadmissível (...) há uma estratégia de politizar uma tragédia”, afirmou o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, em entrevista à CMTV sobre as críticas e pedidos de demissão que tem ouvido nos últimos dias, por várias personalidades políticas, como Pedro Nuno Santos (ex-líder socialista), ou Eurico Brilhante Dias (líder parlamentar do PS), na sequência da tragédia com o Ascensor da Glória.
O autarca da capital respondeu ainda às declarações de Alexandra Leitão, candidata ao município pela coligação ‘Viver Lisboa’ (PS/ Livre/ BE/ PAN), que criticou o seu silêncio, que durou por 96 horas. “Não pensei na comunicação, pensei nas pessoas”, disse Carlos Moedas, sublinhando que a sua preocupação era estar com as pessoas. “A equipa da candidata Alexandra Leitão tem de dizer qual é a estratégia. Querem a demissão de Carlos Moedas ou não? Porque uns dizem que sim e outros não? Se não foi pensado foi muito mal organizado e não me parece que o PS seja mal organizado”, atacou.
Carlos Moedas, não deu o braço a torcer quanto à demissão, mas admitiu que as responsabilidades políticas eram dele. “Assumo as minhas responsabilidades. Assumirei sempre. Se for provado ou existir alguma prova que o presidente da câmara tinha conhecimento ou não deu as condições necessárias à carris, obviamente que demito-me, não tenho qualquer dúvida sobre isso (...) Agora não politizem aquilo que foi o drama e está a ser o drama”, voltou a referir o autarca.
Sobre a demissão o também candidato ao município pela coligação ‘Por ti, Lisboa’ (PSD/CDS/IL) já tinha recusado comparar a sua situação a de Jorge Coelho, ministro quando a ponte Entre-os-Rios caiu, em 2001, referindo que este tinha recebido informações que apontavam para a fragilidade da ponte ainda antes do acidente, enquanto no caso dele, pelo contrário, e por isso não apresentava a sua demissão. Declarações que sofreram críticas por parte da oposição ao constatarem que a afirmação era falsa, defendendo que Jorge Coelho não tinha acesso a essas informações.
Ainda na sequência dos recentes dados do relatório sobre o acidente em Lisboa, o autarca referiu à CMTV que a “boa noticia é que não há responsabilidade humana”, destacando o desempenho do guarda-freio. “O André Marques é o herói desta história, fez tudo o que pode, viu a situação e a prioridade dele era a segurança das pessoas e percebeu que havia ali um problema, e temos de ir até às últimas consequências. Neste caso, quem se demite, eu diria que é um ato de cobardia. Temos de apurar primeiro as responsabilidades políticas, e essas são minhas, e responsabilidades técnicas que são da empresa ou do fabricante das peças”, enfatizou.
Homenagem
Foi aprovado esta segunda-feira pela câmara de Lisboa, em reunião extraordinária, a criação de um memorial pelas vítimas do acidente na calçada da glória, mas também uma homenagem ao posterior ao guarda-freio que morreu no acidente, André Marques, que dará nome a uma rua da cidade. Ainda os seus filhos vão ter acesso a uma bolsa de estudos.
Portal da Transparência
Vai ser criado um portal público com ordens de trabalho, relatórios de inspeção e auditorias, atualizado em tempo real, permitindo o escrutínio público.
Perguntas ao Governo
O PS questionou o Governo sobre as competências inspetivas nos transportes e autorizações para contratações para serviços, como o gabinete que investiga o acidente no Elevador da Glória. “É preciso percebermos o que está a correr mal e o que é necessário melhorar para evitar acidentes como este”, disse o deputado do PS.
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