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IL Madeira diz que a única saída de Miguel Albuquerque é a demissão

Para Nuno Morna, o presidente do Governo Regional não tem condições para continuar a ser presidente "porque eticamente não deve continuar a exercer as funções pelas quais está a ser investigado".

25 de janeiro de 2024 às 12:44

O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento madeirense, Nuno Morna, defendeu esta quinta-feira que, depois de ter sido constituído arguido, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, só tem como saída a demissão.

"Miguel Albuquerque foi constituído arguido" e, "em nome da transparência e da ética, só resta a Miguel Albuquerque uma saída: a demissão", disse o eleito da IL em comunicado.

Para Nuno Morna, Miguel Albuquerque "não é um cidadão comum", é o chefe do executivo madeirense e tem um "mandato que lhe foi conferido pelos madeirenses nas eleições regionais de setembro passado".

Perante a investigação que está a ser levada a cabo pelas autoridades e ao facto de o chefe do executivo madeirense ter sido constituído arguido, o deputado considera que Miguel Albuquerque "não tem condições para continuar a ser presidente do Governo [Regional]".

"Não tem condições porque fica fragilizado politicamente, não tem condições porque eticamente não deve continuar a exercer as funções pelas quais está a ser investigado", justificou.

Nuno Morna argumentou que, apesar da qualidade de arguido não representar qualquer diminuição de direitos, o governante insular deve "reconhecer que a sua legitimidade, perante a opinião pública, fica profundamente afetada".

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido na quarta-feira num processo que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), do líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e de Custódio Correia, CEO e principal acionista do grupo ligado à construção civil SOCICORREIA, que é sócio de Avelino Farinha em várias empresas, segundo disse à Lusa fonte da investigação.

Na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) realizou na Madeira e em vários locais do continente cerca de 130 buscas numa investigação por suspeitas crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

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