De acordo com o secretário-geral do PCP a "mudança de caras não quer dizer mudança de políticas".
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este sábado que a "mudança de caras não quer dizer mudança de políticas", acusando o Governo de se preparar "para retomar os caminhos da política de direita".
Em Braga, no encerramento da XI Assembleia da Organização Regional de Braga do PCP, Jerónimo de Sousa defendeu ser necessário enveredar por "outra política", que rompa com um caminho "que não responde aos problemas e défices estruturais que assolam o país".
"A mudança de caras não quer dizer mudança de políticas (...). Dissemos atempadamente que o PS queria ficar de mãos livres para retomar os caminhos da política de direita que foi travada pela luta do povo português e pela decisiva intervenção do nosso partido", declarou.
Como exemplo, disse que há um novo ministro das Finanças, mas o Programa de Estabilidade e Crescimento enviado para Bruxelas pelo anterior Governo "não se altera".
"É o mesmo. Com as mesmas regras, os mesmos objetivos. A mesma submissão às imposições de Bruxelas e aos interesses do grande capital", frisou.
Jerónimo disse que o anterior ministro das Finanças veio há dias "vangloriar-se" de uma redução do défice das contas públicas para valores mesmo abaixo dos exigidos pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu e que o novo titular da pasta afirmou que é para manter o caminho "em direção ao défice zero".
"Estamos a falar de uma redução de cerca de um 1,5 no défice. A questão é que cada décima a menos no défice são quase 200 milhões de euros que podiam ser investidos no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública, nas creches gratuitas, nos transportes públicos, nos apoios sociais. O défice deles a diminuir são as dificuldades do povo português a aumentar", considerou.
Por isso, reiterou, "a questão não é saber se são mais ou menos ministros, se as pessoas são estas ou aquelas".
"A questão é saber qual é a política que vai ser executada, a favor de quem será essa política", afirmou, vincando que o PCP vai lutar "por uma outra política", que promova o desenvolvimento económico, assuma a valorização do trabalho e dos trabalhadores, caminhe para o aumento geral dos salários e das reformas e que que assegure serviços públicos de qualidade.
Sobre a guerra na Ucrânia, o líder do PCP fez um apelo à paz, ao cessar-fogo e ao diálogo pela resolução pacífica do conflito.
"Apelo que decorre da nossa posição de sempre, inequívoca, contra a guerra e de condenação de um processo de ingerência, onde está presente o golpe de Estado de 2014, promovido pelos Estados Unidos da América (EUA) na Ucrânia, que instaurou um poder xenófobo e belicista, a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia e a intensificação da escalada belicista dos EUA, da NATO e da União Europeia", afirmou.
Acusou ainda "os que se julgam senhores do mundo", na União Europeia, na NATO e no "seleto clube" dos sete países mais ricos do mundo de andarem "a toque de caixa da administração norte-americana e do senhor Biden, que quis mostrar quem verdadeiramente manda, multiplicando-se em reuniões ao mais alto nível".
"O senhor Biden veio à Europa não como agente da paz, mas como caixeiro-viajante dos interesses dos grupos económicos produtores de gás e do complexo industrial-militar, deitando mais gasolina para a fogueira de uma guerra que, como temos afirmado, não serve aos russos, não serve aos ucranianos, nem aos povos da Europa", rematou o líder comunista.
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