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JSD referenda drogas leves a partir dos 21 anos

Membros da JSD vão ser chamados a responder dentro de cerca de dois meses.

07 de dezembro de 2019 às 18:57

A Juventude Social-Democrata (JSD) vai realizar um referendo interno sobre a legalização do consumo de drogas leves, a partir dos 21 anos, em 22 de fevereiro de 2020, decidiu este sábado o Conselho Nacional da organização juvenil.

Segundo a presidente da JSD, Margarida Balseiro Lopes, a data da consulta nacional aos militantes sobre este assunto foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros nacionais, reunidos extraordinariamente no Fórum Cultural Transfronteiriço, no Alandroal, Évora.

"Concordas com a despenalização e regulamentação da venda de cannabis para fins pessoais por adultos com idade igual ou superior a 21 anos", será a pergunta a que os membros da JSD vão ser chamados a responder dentro de cerca de dois meses.

"Fizemos mais de 80 reuniões em unidades militares. Fizemos o seminário da condição militar há 15 dias. Estamos a preparar tudo isto para produzir um documento - o caderno reivindicativo da AOFA para a legislatura -- que vamos apresentar em janeiro aos oficiais, mas também ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro da Defesa, grupos parlamentares e chefias militares", explicou.

O responsável destacou que do inquérito da AOFA resulta a constatação de que "a situação das Forças Armadas é para lá de dramática", ao nível de operacionalidade, condições de trabalho e condições de segurança.

"Na casa dos 80%, 90% dos oficiais dizem que as Forças Armadas estão partidarizadas, por via da forma como os chefes militares são nomeados. Não acusando os chefes, mas acusando o sistema que os elege", alertou ainda António Mota.

Segundo o inquérito da AOFA, uma esmagadora maioria dos inquiridos (88%) considera que há uma excessiva influência do poder político na instituição militar. Apenas 6,1% dos inquiridos considera que não há influência a mais e 5,4% não sabe ou não responde. A percentagem é ligeiramente mais elevada entre os oficiais no ativo (89,6%) que acham que há uma influência excessiva dos políticos na instituição.

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