Rui Rocha diz, ainda, que "há uma explicação que continua a faltar: a do primeiro-ministro".
O presidente da IL considerou "bem razoável" a explicação dada esta quinta-feira pela procuradora-geral da República (PGR) sobre a Operação Influencer e o inquérito autónomo ao primeiro-ministro, insistindo que só falta António Costa dar mais esclarecimentos.
No final de uma visita à Lisbon Games Week, em Lisboa, Rui Rocha foi questionado sobre as declarações de Lucília Gago, nas quais a PGR assegurou não se sentir responsável pela demissão do primeiro-ministro e disse que o último parágrafo do comunicado emitido a 7 de novembro relativo ao inquérito a António Costa decorreu de uma "necessidade de transparência".
"Havia uma versão que faltava conhecer, a da senhora procuradora (...) A explicação que dá é bem razoável, é uma questão de transparência, naquela comunicação fazia sentido que houvesse uma informação sobre a investigação que incidia sobre o primeiro-ministro", disse.
Para o líder da IL, se esse parágrafo não tivesse sido colocado hoje, poderia estar-se a acusar a Procuradoria de "omitir uma informação que é relevante".
"A partir de agora, há uma explicação que continua a faltar: a do primeiro-ministro", disse, insistindo que António Costa responda, por escrito, às perguntas que lhe foram dirigidas pela IL.
O partido quer saber se o primeiro-ministro "sugeriu ou não ao Presidente da República que a PGR se deslocasse ao Palácio de Belém" e, em caso de resposta afirmativa, que António Costa esclareça qual o seu objetivo com esta sugestão.
"Temos um primeiro-ministro cessante que não só contribuiu para a estagnação do país, como também para a degradação das instituições. Temos o Ministério Público posto em causa, o Conselho de Estado posto em causa, escaramuças com o Presidente da República", criticou, apelando aos portugueses para que nas próximas legislativas, no dia 10 de março, "façam boas escolhas para devolver a dignidade das instituições".
"Não podemos permitir que António Costa numa fase terminal do seu mandato arraste tudo para a degradação", acrescentou.
Questionado se não está preocupado por os portugueses entrarem num período de campanha eleitoral sem terem todos os esclarecimentos sobre este processo judicial, Rui Rocha contrapôs que o que o preocupa são "as pressões sobre a justiça".
"É inaceitável a tentativa de impor prazos à justiça, como tentou fazer o presidente da Assembleia da República, a investigação tem de seguir o seu caminho com independência e isenção. Se puder ser feita até às eleições ótimo, se tiver de continuar depois é porque é necessário", disse.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro.
António Costa é alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo tido intervenção para desbloquear procedimentos.
O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação.
No dia da demissão, Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável".
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