Carlos Guimarães Pinto acusou ainda os partidos de estarem preocupados "em fazer coligações com o PS e não em removê-lo do Governo".
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O líder do partido Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, afirmou esta quinta-feira no Porto que o encobrimento da recuperação das armas furtadas em Tancos foi um "golpe de teatro" do Governo do Partido Socialista para "não perder votos".
"Não tive disponibilidade para ler a acusação em detalhe, mas acho que é chocante viver num país que, ao que tudo indica, teve um ministro e, possivelmente, alguém acima dele, que viu um incêndio que matou dezenas de pessoas e a primeira coisa que pensou foi: como é que vamos disfarçar isto? Que golpe de teatro vamos criar para não perder votos?", afirmou hoje o líder da Iniciativa Liberal.
Em declarações à Lusa, à margem da ação de campanha que decorreu esta tarde num jardim na freguesia de Ramalde, no Porto, Carlos Guimarães Pinto acusou ainda os restantes partidos de estarem preocupados "em fazer coligações com o PS e não em removê-lo do Governo".
"Estamos num ambiente político em que perante esta realidade temos um partido no Governo que tem este tipo de mentalidade (...) do PSD ao PAN já toda a gente mostrou alguma vontade de um dia ajudar o PS no Governo", frisou.
Durante a ação de campanha, dedicada ao tema da descentralização, o líder da Iniciativa Liberal defendeu que esta só "será possível" se seguir dois princípios: a responsabilização e a neutralidade fiscal.
"Antes de pensarmos em mapas, temos de pensar em princípios", afirmou, acrescentando que é necessário um poder local "com mais autonomia e mais recursos".
"Portugal é o quarto país mais centralista na Europa (...) Portugal não pode esperar mais, para um país tão pequeno são tantas as desigualdades, por isso temos de avançar rapidamente para uma descentralização pensada", concluiu.
O Ministério Público (MP) acusou hoje 23 pessoas, entre elas o ex-ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
Os arguidos são acusados de crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
O caso abalou as forças armadas, levou à demissão de Azeredo Lopes em 2018 e a polémica em torno do furto, tornado público pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, subiu de tom depois da, aparente, recuperação do material na região da Chamusca, no distrito de Santarém, em outubro de 2017, numa operação da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Nove dos 23 arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.
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