Este sábado são esperadas as intervenções dos candidatos derrotados nas últimas diretas, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.
Os trabalhos do 38.º Congresso do PSD recomeçaram às 10h50 deste sábado no Centro Cultural de Viana do Castelo com menos de metade dos lugares da sala ocupados.
O segundo dos três dias de trabalhos vai ser dedicado ao debate e votação da moção de estratégia global do presidente do PSD, Rui Rio, bem como das 13 propostas setoriais.
As listas aos órgãos nacionais do PSD terão de ser entregues até as 19h00 de hoje, dia em que também se esperam as intervenções dos candidatos derrotados nas últimas diretas, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.
A votação das moções de estratégia global e temáticas está marcada para 23h00.
Quando o presidente do congresso, Paulo Mota Pinto, deu por iniciados os trabalhos havia mais de 100 inscritos para discursar.
O primeiro dia do Congresso do PSD arrancou com o discurso inaugural do líder reeleito Rui Rio, que apontou as autárquicas como principal prioridade do novo mandato e prometeu que a escolha dos candidatos obedecerá a critérios de competência e não de fação partidária.
"A escolha de um autarca não é a escolha de um amigo nem a do líder de uma qualquer fação partidária. Ela tem de ser ditada com base em critérios de competências, dedicação e de credibilidade. Temos, em 2021, de recuperar o terreno perdido em 2013 e em 2017. Recuperar presidências de câmara, mas também de vereadores e eleitos de freguesia", definiu como meta.
Rio retomou no discurso outros temas que têm sido também uma constante nas suas intervenções: a recusa em fazer uma oposição de "bota-abaixo" - defendendo que foi esse caminho que evitou a maioria absoluta do PS e impediu o PSD de ter uma quebra como a do CDS - e a reafirmação do posicionamento ao centro.
"Uma coisa é o PSD conseguir ser o líder de uma opção à direita da maioria de esquerda que nos tem governado, outra, completamente diferente, é sermos nós próprios a direita", avisou.
Os críticos internos também não foram esquecidos, com Rio a avisar que o partido "não é uma agência de amigos" e não é "com guerrilhas" que o PSD reconquistará a confiança dos portugueses.
Os dois adversários derrotados das últimas diretas não quiseram comentar na sexta-feira a intervenção do líder, remetendo para as intervenções que farão hoje perante o Congresso.
Na noite de sexta-feira, foi ainda feita a apresentação das 13 moções temáticas, perante uma sala que nesse período esteve sempre meio vazia e sem grande entusiasmo.
Hoje, os trabalhos ficarão também marcados pela apresentação das listas aos órgãos nacionais, faltando conhecer o grau de renovação que Rui Rio vai fazer na sua direção.
Tal como há dois anos, deverá ser o próprio presidente do PSD a anunciar as suas escolhas ao Congresso.
As saídas de Elina Fraga e de José Manuel Bolieiro (que tem assento por inerência na Comissão Política como líder do PSD/Açores) têm sido apontadas como certas, bem como um reforço do papel de Joaquim Sarmento - porta-voz do partido para as Finanças Públicas - na direção.
O Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre congressos, será como habitualmente o espelho das várias sensibilidades do partido, sendo já certas, além da lista da direção, outra encabeçada pelo presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha - que recusou o rótulo de ser a lista de Montenegro -, uma de Carlos Eduardo Reis (que integra nomes como Rui Cristina, vice-presidente da distrital de Faro, ou Miguel Corte-Real, vice-presidente do PSD/Porto e elementos dos Açores e Madeira) e uma com o presidente da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, como primeiro nome.
Também Joaquim Biancard Cruz voltará a apresentar uma lista ao Conselho Nacional (com nomes como o deputado Duarte Marques e a eurodeputada Lídia Pereira), tal como o deputado e ex-candidato a líder da JSD André Neves.
Questionado na sexta-feira se irá encabeçar a lista da direção ao Conselho Nacional, o eurodeputado Paulo Rangel remeteu essa questão para o dia de hoje, lembrando que terá sempre assento neste órgão por inerência.
Ao Conselho de Jurisdição concorrerão pelo menos duas listas, a da direção, e uma encabeçada por Paulo Colaço, que saiu deste órgão no ano passado depois de divergências com o presidente do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto.
Paulo Mota Pinto, que é também presidente da Mesa do Congresso, advertiu que só serão elegíveis os militantes com um ano de filiação e com quota paga neste Congresso e apelou a que as listas sejam submetidas eletronicamente, o que acelerará a verificação do processo.
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