A edição de hoje
Primeiro-ministro insiste que Portugal tem de fazer mais para manter níveis de segurança.
Luís Montenegro sinaliza 'ano de viragem e mudança'
“O ano que agora termina foi um ano de viragem e de mudança”, sinalizou Luís Montenegro na sua primeira mensagem de Natal como primeiro-ministro. “Estamos a resolver questões mais urgentes, ao mesmo tempo que vamos implementando transformações estratégicas e estruturais”, assinalou o chefe do Governo.
A atualização “sem truques” de “todas as pensões”, a “valorização geral dos salários dos trabalhadores do Estado” e a aprovação do “primeiro Orçamento de que há memória que não aumenta um único imposto” são algumas das realizações destacadas por Montenegro. O líder do Executivo preferiu referir a baixa dos impostos “sobre o trabalho” e não mencionou a descida de um ponto percentual no IRC.
Sublinhou o “rigor e equilíbrio orçamental” com que se fizeram essas transformações e avisou que “só criando mais riqueza conseguiremos continuar a salvar o Estado social”. Com um “mundo em convulsão” e uma “Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento de França”, o primeiro-ministro vê Portugal como “um referencial de estabilidade”.
Para os próximos tempos, promete “o maior investimento em habitação pública desde o realizado nos anos 90” e “mais mobilidade verde”, ao mesmo tempo que insiste na tónica da “imigração regulada” e da segurança: “Somos um dos países mais seguros do mundo, mas temos de salvaguardar esse ativo para não o perdermos”. Nessa ótica, dirigiu-se em especial às “mulheres e crianças vítimas de violência”.
A mensagem de Natal não teve uma única palavra dedicada à oposição nem ao Executivo anterior. “Não viemos para olhar para o passado ou para o criticar. Viemos para cuidar do presente e construir o futuro”, vincou Montenegro, que também nunca se referiu à maioria escassa do Governo na Assembleia da República.
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