Manifestações a favor e contra o ex-primeiro-ministro.
No Estabelecimento Prisional de Évora, onde está em prisão preventiva o ex-primeiro-ministro José Sócrates, decorrem este domingo duas manifestações, uma a favor e outra contra Sócrates. O protesto contra foi promovido pelo Partido Nacional Renovador (PNR) e a manifestação a favor é organizada pelo Movimento Cívico José Sócrates Sempre
Quando os dois grupos se encontraram existiram momentos de tensão e foi por pouco que não se registaram agressões. A polícia teve de intervir para evitar que os manifestantes se aproximassem.
'Guerra' de slogans
De um lado, cerca de 30 pessoas afetas ao Partido Nacional Renovador (PNR) gritavam "Nacionalismo Sempre" e "Sócrates ladrão", por outro, outros tantos apoiantes do antigo primeiro-ministro, detido preventicamente na cadeia de Évora, entoavam "25 de Abril Sempre, fascismo nunca mais".
Os elementos do PNR estiveram concentrados à porta da prisão desde a hora de almoço, hora de início da manifestação que convocaram, enquanto os apoiantes do antigo chefe de Governo estão afastados algumas centenas de metros, numa manifestação marcada pelo Movimento Cívico José Sócrates Sempre.
Por duas vezes, pessoas afetas ao PNR subiram para cima de uma carrinha que transportava um cartaz com a imagem de José Sócrates e colaram autocolantes, empunharam bandeiras e gritaram palavras de ordem, tendo alguns caído, sem consequências graves, quando a viatura arrancou.
Viveram-se alguns momentos de tensão, com troca acessa de palavras entre apoiantes e opositores de Sócrates, mas sem se registarem quaisquer agressões. Nas imediações da prisão encontravam-se, a meio da tarde, cerca de uma dezena de agentes da PSP de Évora.
Acusa membros do PNR de agressão
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Movimento José Sócrates Sempre, José António Pinho, acusou os elementos afetos ao PNR de provocação e de suposta agressão a uma participante na manifestação de apoio ao ex-primeiro-ministro.
"Assaltaram a nossa viatura apenas para provocar e chegaram a agredir uma senhora", disse, atribuindo culpas à PSP de Évora pela confusão gerada: "A PSP é responsável por esta situação, porque estávamos sozinhos" no local.
Para José António Pinho, tratou-se de uma provocação organizada por um partido, cujos elementos "têm nomes e devem ser todos presos".
Apoiante do PNR recebeu assistência médica
Por seu lado, o presidente do PNR, José Pinto Coelho, refuta estas acusações, devolvendo que a provocação é o que se assiste à porta da prisão. "Subir para cima do carro é um ato de indignação. Agora, o carro arrancar a alta velocidade e fazer cair os nossos, isso é tentativa de homicídio", disse.
"Gostava de saber quem paga aqueles carros de som, os autocarros e os outdoors. Onde estão as faturas disso? É mais uma trafulhice à Sócrates. No decorrer das manifestações, uma apoiante do PNR sentiu-se mal, tendo recebido assistência do INEM, no local.
Mais de sete meses em prisão preventiva
José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa e está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único dos nove arguidos das 'Operação Marquês' em prisão preventiva.
O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira e o ex-ministro Armando Vara são os outros arguidos no processo.
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